"Que vantagem competitiva Portugal tem neste setor?
Portugal tem capacidade de fabrico de produtos em pequena escala, que a China e a India, onde são produzidos a maior parte dos medicamentos, já não têm interesse, porque são três ou quatro mercados. Por exemplo, uma vitamina B12 injetável só é vendida em Portugal, Itália e Espanha. Não há ninguém que queira fabricar porque não tem dimensão, o custo de fabrico é elevado e é um injetável, tem algumas complicações regulamentares. Portugal tem capacidade para fazer isso porque consegue produzir pequenos lotes. [Moi ici: Recordo-me do Aranha me contar casos onde não se faziam contas ... Stobachoff rings a bell?]
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E como explica que exista rutura de medicamentos?
Há dois motivos. Um é económico, temos preços muito baixos. Circulam listas de medicamentos com preços e países de destino, entre os armazenistas. É mais fácil exportá-los, porque se venderem aqui têm uma margem de 5 ou 6%, na Alemanha ou na Dinamarca o preço é 40 ou 50% mais caros têm uma margem substancialmente maior. O Infarmed está a controlar isso. Neste momento, qualquer distribuidor, se quiser exportar, tem de ter autorização.
O problema é menos grave neste momento, mas continua a existir?
É grave por outro motivo. Porque começa a haver muito desabastecimento de medicamentos muito baratos. Não compensa fabricar, [Moi ici: Recordar o cavalo do inglês] porque tivemos o aumento das matérias-primas de 40 ou 50%, que vêm todas do mesmo sítio, China ou Índia. E o preço não aumenta. Felizmente, nos dois últimos anos aumentou e são dois governos distintos."
Trechos retirados de "Temos medicamentos que custam menos do que uma pastilha elástica", publicado pelo JdN do passado dia 16 de Abril.
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