quinta-feira, maio 15, 2025

É melhor agir enquanto ainda temos escolha



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É claro que a "estória" só acaba quando a senhora gorda cantar, mas quero focar a atenção no último parágrafo:
"Et vous, dans votre entreprise, avez-vous le courage de remettre en question votre modèle économique avant que le marché ne le fasse pour vous?"

E volto a este postal sobre pelo menos ter um plano, pode até ser um mau plano, mas dá para começar a caminhar e apanhar inputs do contexto, como os desta outra velha estória de como um mapa dos Pirinéus serviu para descobrir o caminho nos Alpes

Num mundo em que o ciclo de vida das empresas encurta dramaticamente, a maior ameaça já não é o que os concorrentes fazem — é o que nós deixamos de fazer. A verdadeira disrupção não vem de fora: nasce da nossa incapacidade de questionar o que sempre funcionou.

Esperar que o mercado force a mudança é como esperar que a casa comece a arder para procurar extintores. Quanto mais tarde se age, menos graus de liberdade restam, mais estreito é o corredor de soluções possíveis, maior o custo político e emocional da mudança.

A lição da Michelin não é sobre pneus. É sobre coragem estratégica. Senard não reagiu a um incêndio — criou voluntariamente uma zona de desconforto antes que ela fosse imposta de fora. Isso não elimina o risco, mas desloca o controlo para dentro da empresa, enquanto ainda há margem de manobra.

Como disse Andy Grove, da Intel:

"Success breeds complacency. Complacency breeds failure. Only the paranoid survive."

Portanto, sim - é melhor agir enquanto ainda temos escolha, do que reagir com as calças na mão quando o modelo já estiver a arder.

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