""É muito importante aquilo que está na cabeça dos portugueses, porque aqui, como na segurança, o que interessa não é a segurança em abstracto, nem a corrupção que existe ou não existe, é qual é a imagem que as pessoas têm acerca da corrupção e acerca da segurança, porque é essa percepção que gera insegurança e é essa percepção que gera maior ou menor confiança no combate à corrupção", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa."
Humm!
Marcelo numa fase Potemkin?
A frase dita por Marcelo Rebelo de Sousa parece sublinhar que a percepção das pessoas sobre a corrupção e a segurança é mais importante do que a realidade objectiva desses problemas. E este tipo de racional levanta algumas questões:
- Ao afirmar que o que importa não é a segurança "em abstracto" nem a corrupção "que existe ou não existe", mas sim a imagem que as pessoas têm sobre esses temas, pode parecer que a realidade concreta desses problemas é secundária. No entanto, a corrupção e a insegurança são problemas reais, independentemente da percepção popular.
- A ideia de que a insegurança e a confiança no combate à corrupção derivam mais da percepção do que dos factos pode ser interpretada como uma forma de desviar a atenção da acção concreta necessária para resolver esses problemas. É evidente que a percepção pública tem um impacte na sociedade, mas essa percepção deve basear-se em factos reais, e não o contrário.
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