segunda-feira, fevereiro 10, 2025

Curiosidade do dia

Hoje reparei na capa do "jornal" Público de ontem:

"Defesa fora do défice? Comissão analisa opções

Bruxelas disposta a excluir investimentos em defesa do cálculo do défice para governos poderem aumentar despesas militares"

Sorri ...

Lembrei-me que há uns anos ouvi que um dos truques de António Costa para aumentar os gastos de Portugal na defesa foi: obrigar os militares, suportados pelo orçamento de estado, a pagarem renda ao estado pelos quarteis que ocupam. Lindo.

Já agora, se os governos de turno desviam a linha do Norte para um aeroporto para maquilhar o custo do dito cujo ... imaginem o que poderá passar a ser contabilizado como despesa militar.

O céu é o limite. Agora, a guerra não é só um negócio – é também um expediente orçamental. Entre quarteis alugados a si próprios e aeroportos que, quem sabe, um dia serão considerados bases estratégicas de defesa, abre-se um novo mundo de possibilidades para engenharias financeiras.

Hoje é a defesa fora do défice. Amanhã, talvez a cultura, a educação, ou até as rotundas, ciclovias, e passadiços desde que um ministro qualquer consiga invocar a "segurança nacional" com a devida cara de pau. Se o dinheiro não chega, que se refaçam as regras. No final, pouco importa a lógica – o que interessa é que a conta nunca falhe para quem está no poder.

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