No último número do Dinheiro Vivo li o artigo de opinião de Armindo Monteiro, presidente da CIP, "Imigração, uma parceria público-privada".
Primeira nota, substituam a palavra migrante por jovem português. Esclarecedor?
Segundo, imaginem a quantidade de esquemas para ganhar dinheiro à custa dos contribuintes com a proposta da CIP. Eu começo:
- Simular contratos de trabalho e alojamento para solicitar subsídios públicos ou isenções fiscais sem, de facto, empregar ou alojar imigrantes;
- Cobrar taxas elevadas a imigrantes por intermediar vistos e contratos, aproveitando a celeridade do processo consular, sem garantir formação ou alojamento real;
- Contratar trabalhadores com o objectivo de lucrar com os reembolsos oferecidos pelo Estado caso os imigrantes deixem o país no curto prazo, criando um ciclo de contratação artificial;
- Forjar despesas com formação e alojamento de trabalhadores para desviar fundos públicos destinados ao programa;
- Oferecer condições mínimas de alojamento, cobrando dos trabalhadores valores altos por habitações subsidiadas ou financiadas com recursos públicos;
- Trazer imigrantes legalmente, mas mantê-los em condições de trabalho análogas à escravidão, alegando que o alojamento e os custos de migração geraram dívidas a serem pagas pelos trabalhadores.
Sem comentários:
Enviar um comentário