sexta-feira, agosto 13, 2021

Anónimos!

Por vezes acontece-me!

Quando tomo consciência do facto fico aborrecido comigo mesmo.

Ler algo e perceber que finalmente acordámos para a mensagem do que já lemos, mas antes não ligámos, não realizámos. Quantas vezes já terei lido e terá ocorrido o famoso “Entrar a 100 e sair a 200”

Esta semana ao ler BE 2.0 de Jim Collins e Bill Lazier fixei este trecho “In an interesting and surprising study, David Birch analyzed the data from 34,000 exporters and found that those companies with between 50 and 500 employees were actually more likely to be exporters than large companies.”. Fui à fonte e encontrei “Trading Places: Small Businesses and Global Trade”. 

"Small companies don't export -- I hear it all the time. Join a discussion about the state of our global competitiveness any you'll hear it, too. Perhaps you'll be the one who says it.

...

Data exist for about 40,000 companies involved in international trade, 34,000 of which export (the rest are importers only). It's not a complete sample. The international activities of many smaller companies are hard to track, so the database inevitably overemphasizes -- and better represents -- larger manufacturing-related companies. Still, what it indicates about smaller companies is fascinating.

First, the businesses most likely to be exporters today are small, not large. The second biggest group of exporters consists of companies with just 20 to 49 employees"

A edição original deste livro foi escrita algures no final do século passado. O artigo citado acima é de Abril de 1988. Como será agora? E como será em Portugal?

Dados de do INE relativos a 2019:


91% das empresas exportadoras têm menos de 50 trabalhadores. Em termos de valor estamos a falar de 19% das exportações são feitas por empresas com menos de 50 trabalhadores.

Ser pequena não implica que uma empresa não exporte. Tenho um especial carinho por empresas pequenas. Se a hipótese Mongo vingar as empresas pequenas têm mais hipóteses de exportar porque podem exportar o que é diferente, o que é específico. 

Recordo este exemplo. Empresa sofreu o choque de 2007/2008, teve de encolher, sofreu com isso e recomeçou com feiras, com mais inovação, e um bom trabalho de servir o cliente, de dar a cara. Depois, o word-of-mouth também começou a dar resultado. 

Por exemplo, esta semana, talvez na sequência deste postal recebo mensagem no Linkedin:

"Quando vir nas notícias que as exportações estão a crescer, sorria, e lembre-se dos anónimos como nós. Hoje vamos carregar o contentor número 11 do ano 2021. Uma faturação recorde e com um staff mínimo."

Logo perguntei:

"11 contentores em 2021? Magnífico!!! Parabéns!!! Foram contratos ganhos antes, durante ou depois da pandemia? Como é que os clientes conheceram a empresa? Feiras anteriores? Word of mouth? Internet? Em que países estão esses clientes? Por que é que esses clientes escolheram a Maquinol?"

Resposta:

"Tenho que arranjar tempo para uma resposta completa. Os clientes vem de recomendação de outros clientes, e feiras anteriores. Três dos quatro nos USA 🇺🇸 e um no Chile 🇨🇱. Escolhem a Maquinol porque temos uma máquina que mais ninguém tem. A tal oferta diferenciada que, já existe há alguns anos mas agora há mais provas em clientes satisfeitos como referência."


 

E recordo Mais um dos "37" lamed waf - foi uma travessia difícil, mas resultou!

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