Eu pelo contrário, gosto das situações que põem os políticos num campo de batalha como os generais. Nessas situações, rapidamente se percebe o impacte das decisões tomadas, com poucas hipóteses de as esconderem.
Recordo daqui:
"Esta gente não está habituada a trabalhar com base em dados, trabalha no reino da retórica, no reino da conversa, no reino da ilusão. Quando a realidade lhes vem bater à forta desmascara-os facilmente. BTW, é por isso que os políticos gostam de acções sobre o ambiente. Dificilmente, a realidade virá pedir-lhes contas enquanto estão no poder."
Entretanto, o choque da realidade:
"As pessoas que vierem à final da Liga dos Campeões virão e regressarão no mesmo dia, com teste feito e em situação de bolha, ou seja, em voo charter, deslocação para duas zonas de espera de adeptos, daí para o estádio e depois do jogo de volta para o aeroporto, estando em território nacional menos de 24 horas", disse a ministra quando anunciou o plano para a final. Este era o plano do Governo no papel, mas a realidade está a fintar o que estava delineado."
Algures durante a semana passada ouvi um técnico dizer que seria impossível o Aeroporto Sá Carneiro receber de, e despachar para Inglaterra, 17000 pessoas em menos de 24 horas. Eu sou um vulgar anónimo da província. Pena que os so-called jornalistas presentes durante a comunicação da ministra não tivessem o trabalho de casa feito e pusessem em causa, ao vivo e a cores, a possibilidade de executar o que a ministra prometia.
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