sábado, junho 20, 2020

Como poderá funcionar um negócio baseado na hipótese de Mongo?

"One of the byproducts of the pandemic has been to accelerate a series of trends that were already in motion; this includes our consumption habits. Buying “less but better” has become a popular mantra in recent years due to concerns about sustainability and waste. And in the past couple of months this talk has escalated: in lockdown people are reflecting on what they actually want and need – plus, in many cases, they have less money to spend. [Moi ici: É um discurso que há anos é partilhado entre algumas marcas, como a Patagonia, e os seus clientes. Lembro-me de uma campanha em que clientes mostravam-se a usar peças com mais de 20 anos. Agora daí até ser mainstream... a minha mulher passa na Baixa do Porto ao final da tarde e diz-me que a única loja com fila à porta, todos os dias, é a Bershka. No entanto, não o nego é uma tendência em linha com a hipótese de Mongo]
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More considered buying is good and necessary – the fashion, design, cosmetics, technology and other industries produce too much stuff and churn through trends at alarming rates – but I do wonder about the ripples that a rethink will cause.
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Brands and factories make their money from manufacturing and selling lots of things. If shoppers are buying fewer products, adjustments will need to be made. Will there be a general hike in prices – and quality – to accommodate consumer preferences? Will brands need to increase product margins in order to make the same amount of money from selling fewer items? Is fast fashion as we know it slowing? This moment of reckoning comes with fewer products – but lots of questions." [Moi ici: A acreditar na tendência da hipótese de Mongo, no futuro teremos cada vez mais marcas, teremos cada vez mais tribos, teremos fábricas cada vez mais pequenas. Sim Pedro, concordo consigo, nem sei se as poderemos chamar de fábricas, talvez ateliês, talvez cooperativas. Façamos um exercício: sem custos afundados, começando com uma folha em branco, como poderá funcionar um negócio baseado na hipótese de Mongo?]
Seth Godin fez-me ver que o mundo económico do século XX foi criado pelos industrialistas que criaram um modelo que servia os seus interesses económicos legítimos. A produção em massa beneficiava-os, mas os consumidores também tinham acesso a produtos escassos a um preço acessível. 
Num mundo de escassez quem manda é quem produz.
Contudo, assim que a oferta passou a ser maior que a procura, momento que simbolicamente associo à entrada dos micro-Hondas no Portugal da primeira metade dos anos 70 do século passado, o poder começou a passar para os consumidores, e os industrialistas têm de se submeter, a menos que comandem uma marca associada a escassez, ou a uma tribo.

Trechos retirados de "Cap and trade"  

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