quarta-feira, março 11, 2020

Por que não generalizar?

Trabalhei vários anos numa empresa da indústria química que operava 24 horas por dia, 7 dias por semana. Durante a semana fazia-se o controlo da qualidade e ao fim de semana havia um turno de laboratório que continuava o controlo da qualidade. Depois, enveredei pela vida de consultor. Foi nessa vida que conheci uma empresa que também operava 24 horas por dia, 7 dias por semana e realizava uma bateria de testes de controlo da qualidade durante os dias da semana, mas ao fim de semana não fazia qualquer controlo. Achava aquilo absurdo.

Outro absurdo conheci na introdução de um livro que li há uns anos e registei num postal aqui no blogue em Abril de 2006 "Simplex". Os supervisores de uma refinaria diziam que eram impossível mantê-la a funcionar com 2700 trabalhadores. Os trabalhadores entraram em greve e os mesmos supervisores com os engenheiros, cerca de 450, conseguiram mantê-la a funcionar durante os 4 meses  que durou a greve.

Lembrei-me disto ao começar a ler este artigo "Harvard to Make All Classes Online March 23, President Says":
"Harvard is asking students not to return to campus after its spring break amid coronavirus concerns.
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The Ivy League university is seeking to completely transition to virtual classes for all courses by March 23, when they were originally due to begin after the recess, president Larry Bacow said in a message to the community."
Se isto é possível... por que não generalizar? Por que não abandonar o modelo clássico e apostar a fundo neste modelo para o futuro? Uma espécie de híbrido, as aulas clássicas passarem a virtual e o regime presencial para workshops? E já agora, por que não introduzir o "flip the classroom"?

Talvez estas experiências feitas por necessidade contribuam para mostrar a obsolescência actual.


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