Em "Só o penitente passará", do meu candidato ao Parlamento Europeu, sublinho:
"As empresas portuguesas, como as suas congéneres europeias, beneficiariam de maior qualidade de gestão. Mas beneficiariam ainda mais da sua incorporação em sectores de maior valor acrescentado. Esta incorporação está relacionada com a qualidade de gestão, mas uma e outra não constituem exactamente a mesma coisa.
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É possível ter boa qualidade de gestão e, apesar de tudo, continuar num segmento de baixo valor acrescentado. [Moi ici: Come on! O que é que é característico de um segmento de baixo valor acrescentado? Um produto básico, um produto standard, um produto commoditizado. Um produto destinado ao centrão, ao segmento mais populoso. Se a isto juntarmos boa qualidade de gestão, temos o MacDonalds, temos a IKEA, temos a Amazon. Margem curta, mas uma rotação dos activos muito elevada. Como escrevo aqui, talvez desde 2007, o negócio do preço baixo é legítimo, é honrado, e pode dar muito dinheiro se for aplicado por quem pode, não por quem quer, e a uma escala cada vez maior] É o que tem sucedido em alguns segmentos de serviços nos últimos anos, sobretudo aqueles relacionados com o turismo e viagens. E também é possível estar num segmento de alto valor acrescentado, de grande visão estratégica, mas sem qualidade de gestão e em condições precárias.[Moi ici: Acho difícil estar num segmento de alto valor acrescentado de forma sustentada, sem ter qualidade de gestão. Sem qualidade de gestão, sem visão estratégica, confia-se que o passado continue a assegurar o futuro e num mundo VUCA isso é a morte do artista. As estratégias são como os iogurtes, têm prazo de validade. Recordo o antigo presidente do Vitória e a sua frase-assinatura "O que é verdade hoje, amanhã é mentira"]
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Assim, para facilitar a evolução para níveis superiores de valor acrescentado, a par de uma maior qualidade de gestão, há na minha opinião três domínios de base que terão de melhorar."[Moi ici: Acho os três domínios apresentados demasiado genéricos e desligados da realidade do país. Em linha com o meu reminder para 2020 - cuidado com as soluções off the shelf. Para mim só há um caminho - Deixem as empresas morrer, ponto. Baixem as barreiras à saída. Recordar a quantidade de empresas-zombie e a facilidade com que o politicamente correcto se gera para as proteger.]
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