"Em 2004, o economista da Universidade de Harvard analisou o impacto das infecções por vermes intestinais, um problema frequente no Quénia, nos resultados escolares da população. E procurou saber se combater esse problema de saúde poderia ser uma forma eficaz de melhorar o desempenho escolar e assim reduzir a pobreza.Este é o caminho certo, o caminho de Mongo, o caminho para a individualidade, o caminho para o pragmatismo à romano. Não confiar demasiado na teoria, lançar hipóteses, testar e aprender.
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Fê-lo, usando métodos experimentais comuns a todas as ciências. Em algumas escolas, procedeu-se a um tratamento médico, noutras manteve-se a situação inicial, e depois verificou-se quais os resultados obtidos nos dois tipos de escolas.
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A conclusão: o absentismo reduziu-se em um quarto nas escolas em que o tratamento aos vermes foi realizado, um valor muito mais alto do que o obtido por outras políticas de combate ao absentismo que tinham implicado custos muito mais elevados.
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É assim, sem tentar resolver os problemas todos de uma vez, mas perguntando - de uma forma sistemática, caso a caso, com experiências realizadas no local - o que funciona e o que não funciona que esta corrente da economia do desenvolvimento tem vindo a ganhar peso, introduzindo alterações a uma ciência que conta com um historial de sucesso muito modesto ao nível do combate à pobreza.
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Para todos estes estudos, foi mais importante fazer, caso a caso, pessoa a pessoa, a experiência no terreno que responder se uma determinada política funciona ou não. Como explica, Pedro Vicente, tudo se baseia em não confiar demasiado na teoria: “A ciência económica afastou-se das pessoas e esta nova economia tenta reaproximar-se das pessoas”."
E na sua empresa, continuam a confiar nos gurus da economia, gente afastada da realidade?
Trechos retirados de "Como combater a pobreza? Caso a caso, pessoa a pessoa"
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