Costumo recordar uma comunicação num congresso da American Society for Quality em que o apresentador apresentava um slide dividido a meio. Na metade esquerda do slide ele listava uma série de acrónimos relacionados com a qualidade. Coisas como SPC, FMEA, QFD, PDCA, ... a metade direita estava em branco.
O apresentador disse qualquer coisa como, esta é a vossa linguagem, esta é a linguagem que vocês entendem. Acham que a vossa gestão de topo conhece esta linguagem?
Depois, o apresentador avançava para um novo slide. Um slide em que a metade direita aparecia preenchida. Preenchida com acrónimos relacionados com a área financeira. Coisas como ROI, EBITDA, NPV, CUT, ...
Entao, o apresentador perguntava: conhecem algum desses acrónimos? Conhecem mais do que aqueles que desconhecem? Esta é a linguagem da gestão de topo, esta é a linguagem que eles entendem.
Se cada um só conhece a sua própria linguagem, como é que se vão entender, como é que vão dialogar? Como é que quem trabalha na área da qualidade pode dialogar com a gestão de topo?
Quem trabalha na área da qualidade tem de perceber que tem de aprender a falar a linguagem da gestão de topo, ponto. Sem o fazer a empresa sairá prejudicada.
Lembrei-me disto tudo por causa deste texto de Seth Godin "If you want to change minds…":
"...
Other people don’t believe what you believe, and they don’t see what you see."
Sem comentários:
Enviar um comentário