segunda-feira, setembro 30, 2019

Para reflexão

Ontem, no caderno de Economia do semanário Expresso, li:
"O grupo francês Michelin vai encerrar a fábrica de Bamberg, na Alemanha, com 858 empregados, devido à queda da procura dos pneus que ali se fabricam provocada pela concorrência asiática.
.
O fim da atividade em Bamberg ocorrerá até inícios de 2021, explicou a Michelin, que constituiu uma provisão de €167 milhões nas contas deste ano para fazer frente ao encerramento da fábrica. Em Bamberg produzem-se maioritariamente pneus premium de 16 polegadas, um segmento do mercado que segundo a empresa se vê afetado por “uma forte diminuição da procura global e por uma concorrência extremamente forte dos fabricantes asiáticos”. Os €60 milhões investidos desde 2013 para adaptar a produção e os esforços das suas equipas não foram suficientes para compensar as evoluções. A Michelin diz que neste contexto não há “qualquer alternativa industrial economicamente viável”.
Uma fábrica de uma marca de relevo, a trabalhar para um segmento premium, num país conhecido pela sua elevada produtividade e que está a queixar-se da concorrência asiática.

Humm!!!

Ou é uma desculpa (recordo a Fiat e a Polónia), ou é um sintoma de algo mais profundo... uma marca de topo, com produtos premium já não consegue fazer a diferença para a concorrência asiática.

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