sexta-feira, maio 27, 2016

Curiosidade do dia

"O actual executivo prometeu o fim da austeridade e o regresso das regalias, sem nunca dizer bem onde estão os recursos para isso. É preciso encontrar capital para erguer a banca, investimento para dinamizar o crescimento, cortes para equilibrar o orçamento. Mais cedo ou mais tarde retórica e promessas vão embater nas leis da aritmética, e o tempo se encarregará de despertar os portugueses para a triste carência nacional.
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A dívida é o que é, e as únicas alternativas razoáveis são produzir mais e consumir menos, a chamada austeridade, ou vender património. Sugestões de revolta ou reestruturação dos créditos, aliviando pontualmente a situação, acabam em geral muito caras. Perante o desfalque, os mercados fecham-se, ostracizando o país caloteiro e impedindo o acesso a novo capital; que é precisamente o que mais falta ao país endividado.
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A crise será ultrapassada quando aceitarmos viver com o que temos, ignorarmos exigências irrealistas de interesses e grupos instalados e nos dedicarmos a lidar com os desafios do desenvolvimento na nova economia globalizada."
Trechos retirados de "Estádios de angústia"

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