terça-feira, julho 07, 2015

Contra as importações mas a favor do consumo das famílias... entendam-se

"Em 2013, França era o país que maior contributo positivo dava ao saldo comercial português, tendo sido ultrapassada no ano passado por Angola. A seguir, surgem: Estados Unidos, Reino Unido e Marrocos. Por outro lado, as economias que vendem mais que nos compram são, em primeiro lugar, Espanha, seguida por Alemanha, Itália, Holanda e Cazaquistão.
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Ou seja, no primeiro grupo estão os países cuja relação comercial com Portugal mais ajuda o nosso crescimento. No segundo grupo estão os que mais o prejudicam."
Há qualquer coisa de perverso nesta linguagem típica de burocratas fechados numa sala e enterrados em folhas de cálculo. Os tais que sabem tudo sobre preços e custos e nada sobre valor.
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Ao fim do dia, quando regressam a casa, aposto que o fazem num automóvel alemão.
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Só ao chegar a esta linha, juro, é que me lembrei de quem podia ser o autor destas palavras... não falhei, era fácil.
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E de que falamos quando falamos de crescimento? Crescimento por crescer ou crescimento associado a produtos e serviços com maiores propostas de valor? Será que um crescimento das exportações para Angola não tem um ou mais lados negativos?
Será que as importações espanholas, que fazem mexer a economia têxtil do vale do Ave e, depois de traduzidas em emprego são exportadas para a Inditex, são negativas?
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Este discurso, no tempo da filosofia e da coerência do discurso e da narrativa não teria pernas para andar. É um discurso contra as importações no geral mas que elege o consumo das famílias como a saída da crise... ooops os pópós alemães é que estão a dar.

Trechos retirados de "Relação comercial com Angola é a que mais ajuda o crescimento da economia"

  

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