quarta-feira, outubro 08, 2014

Curiosidade do dia (está tudo podre)

Houve um tempo em que não acreditaria nisto.
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Houve um tempo em que o meu primeiro patrão não faria este tipo de discurso.
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Agora, neste tempo em que quem não saca um subsídio ou um apoio do Estadinho é trouxa:
"Belmiro de Azevedo foi distinguido em Oliveira do Hospital com a medalha de ouro municipal.  O empresário avisa que o setor da madeira de pinho enfrenta sérias dificuldades em Portugal e pede ao Governo medidas urgentes. Num concelho em que a Sonae Indústria tem uma das maiores fábricas de derivados de madeira do mundo, [Moi ici: Confesso a minha ignorância sobre o sector. Contudo, causa-me admiração que uma das maiores fábricas de derivados de madeira do mundo se encontre num pequeno país que há mais de 30 anos planta eucaliptos como se não houvesse amanhã. Claro que ser "uma das maiores fábricas" é típico da mentalidade de engenheiro formado no tempo das commodities. O grande factor competitivo que a Sonae sabe manipular é a escala, a eficiência, a redução de custos unitários. Bom para competir com outros europeus, insuficiente para competir com outros continentes.BTW, porque fecham as fábricas da Sonae no resto da Europa] Belmiro de Azevedo lembrou que o setor pode não resistir aos elevados custos que resultam do corte e transporte da madeira e ainda dos prejuízos provocados pelos incêndios. [Moi ici: E por que é que os custos são elevados? (leiam o último período, o que se segue) Porque apareceram concorrentes com um modelo de negócio muito mais competitivo na base da escala do valor, a que precisa de volumes. Qual deveria ser a actuação da Sonae? Subir na escala de valor, para fugir à "armadilha da deterioração". Só que isso não faz parte do seu ADN e tem um custo muito elevado, dados os custos afundados ] Defende, aliás, que a indústria da madeira de pinho apenas conseguirá resistir com o acesso a fundos públicos. [Moi ici: Quem não chora não mama, quer o mesmo que os governos dão à fileira do eucalipto] Belmiro de Azevedo alertou ainda para os perigos da aposta no eucalipto, numa altura em que o setor enfrenta uma concorrência cada vez mais feroz de outras regiões do mundo como, por exemplo, a América do Sul."
Se o nosso Estado falisse, se o nosso Estado fizesse o que fez a Nova Zelândia, toda esta gente teria de ter unhas e tocar viola por si própria, sem esperar sobreviver ligando-se à máquina do "soro" governamental.
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Está tudo podre!


Trecho retirado de "Belmiro de Azevedo alerta para dificuldades da indústria da madeira de pinho"

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