sexta-feira, maio 31, 2013

Alfaiates de máquinas

Mão amiga mandou-me um e-mail com fotos do Diário de Coimbra, estava a almoçar em Penalva do Castelo quando vi o título "SIRMAF é uma espécie de alfaiataria de máquinas".
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Sorri logo, o André sabe como aprecio os alfaiates, "Alfaiates de máquinas".
"Em 1994 percebemos que havia um nicho de mercado mal explorado, a construção de máquinas especiais. Percebemos que havia uma necessidade de renovação dos equipamentos no parque de máquinas português», recorda.
Percebeu e executou, porque depressa passou a dedicar a maior parte da sua actividade à concepção e construção de máquinas, à medida das necessidades do cliente. A SIRMAF passou a ser uma espécie de «alfaiate de máquinas», diz o empresário."
Triste é a página do mesmo Diário de Coimbra em que Pedro Saraiva da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro fala sobre as "empresas gazela" e (agarrem-se bem):
"Empresas "velozes" devem ser apoiadas de modo a garantir a sustentabilidade duradoura"
Por mais anos que passem nunca vai perceber que "stressors are information", nunca vai perceber que os apoios que não vêm do bolso dos clientes são um presente envenenado, pois amolecem o instinto que as levou a triunfar.


1 comentário:

Bruno Fonseca disse...

curioso, não conhecia esta empresa.

tentarei dar vista de olhos para conhecer melhor.

este sector, para mim, é dos mais desaproveitados em Portugal. temos algumas EXCELENTES empresas produtoras de máquinas (a mais conhecida será provavelmente a Adira, mas conheço pelo menos 3 que são top a nível mundial), mas comparados com italianos e alemães, estamos muito longe mesmo.

digo que temos grande potencial, na medida em que os portugueses são por norma muito "jeitosos" nestas coisas. estive há pouco numa empresa (e das muito boas, os tais "campeões escondidos"), e eles entraram na altura numa área de negócio novo, sem precisarem de investimento, porque um dos sócios tinha jeito para a coisa, e com um engenheiro desenvolveu as máquinas. inacreditável.

conheço alguns casos destes, bem como de gente em que os próprios fornecedores de máquinas vêm a Portugal para aprenderem as potencialidades das máquinas! mas infelizmente, não traduzimos isso em produção de maquinaria.

pode ser que com o tempo a coisa melhore