quarta-feira, março 20, 2013

Patrões e salários

Vítor Bento coloca uma pergunta que tanto tenho feito a mim mesmo:
"O interessante não é que patrões defendam aumentos de salários. Isso faz parte, não só da legítima diversidade de opiniões que, devidamente fundamentadas, enriquecem o debate público, mas da própria diversidade das condições de funcionamento das várias actividades ou empresas. Também não é intenção deste artigo produzir qualquer juízo sobre o valor, justo ou exequível, do salário mínimo. (Moi ici: Sublinho o mesmo aqui)
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O que acho verdadeiramente interessante e revelador é que patrões precisem que o Estado os mande aumentar os salários! Pois se acham que se devem pagar salários mais elevados, porque é que não os aumentam? Porque é que precisam de uma ordem do Estado?
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Julgo que a explicação é simples. É que, por um lado, se não for o Estado a dar a ordem, são eles que têm que assumir a responsabilidade pela decisão e pelas suas consequências. Se a coisa correr mal não têm para quem passar as culpas. E, por outro lado, preferem evitar os riscos da concorrência, preferindo impor, por via administrativa, a uniformidade de comportamentos, assegurando que todos fazem o mesmo, ao mesmo tempo. (Moi ici: Um ponto de vista interessante)"
Um dos principais defensores do aumento do salário mínimo nacional é o líder da CCP. Entretanto, o que se passa no sector do comércio?
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"Só na Guerra Junqueiro, em Lisboa, 90% do comércio está em vias de fechar, denuncia União de Comércio.
Por um lado, rendas demasiado elevadas, que os senhorios se recusam a renegociar e que os comerciantes já não conseguem suportar. Por outro, rendas antigas que estão a ser actualizadas para valores incomportáveis"
Trecho inicial retirado de "Patrões e salários"

1 comentário:

CCz disse...

http://www.publico.pt/economia/noticia/hoteis-e-restaurantes-estao-a-fechar-por-causa-da-lei-das-rendas-1588510

Hotéis e restaurantes estão a fechar por causa da lei das rendas