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Faz-me lembrar o artigo de hoje de Ricardo Arroja "A falácia da procura":
"Infelizmente, circula por aí a ideia de um grande projecto de reabilitação urbana, investimento financiado pelo Estado, sob o argumento de que é necessário estimular a procura interna, e as empresas de construção em particular. Porém, como diria o célebre economista Henry Hazlitt, autor do clássico "Economia numa única lição", é importante que não se confunda procura com necessidade. E num país como Portugal, que tem milhares de casas novas à venda, não se entende que necessidade prática poderá existir em torno da reabilitação de casas antigas com dinheiro público. Por outras palavras, sendo a oferta manifestamente superior à procura, é altamente improvável que possa aqui existir uma verdadeira necessidade; haverá, quanto muito, uma procura induzida por investimento artificial que apenas agravará o desequilíbrio económico naquele sector em particular. Trata-se, pois, de despesa pública no mau sentido, de mais impostos, de mais dívida pública, ou de mais dos dois, e portanto o oposto do que se deveria pretender."E esta reflexão de Carlos Novais "Keynes IV":
"Keynes distorceu os economistas clássicos propagando erroneamente a chamada Lei de Say como formulando que esta diria:
“a produção cria a sua própria procura”."
1 comentário:
Quando você multiplica o seu território por algumas centenas de vezes, você está a criar riqueza.
Quando você começar a explorar esse novo território você vai substituir importações de muitas matérias primas nomeadamente na energia.
Keynes tinha toda a razão. A produção vai criar procura.
Não produzimos mar mas acrescentámos muitos milhares de km2 de mar. É quase o mesmo.
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