"Para incentivar a produção de cevada, a Maltibérica assina contratos plurianuais com os agricultores, garantindo escoamento da produção e apoio técnico. O preço segue os índices internacionais, mas inclui uma "componente significativa" que compensa os custos de exploração, cada vez mais elevados. A empresa trabalha actualmente com 120 produtores e está sempre em processode recrutamento.Trechos retirados de "Empresa da Unicer aposta no aumento da produção de cevada em Portugal"
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"Se no final da campanha o produtor verificar que os preços nos mercados internacionais estão altos fazemos um ajuste para garantir e estimular a próxima colheita", diz Tiago Brandão. Este ano, será dada uma "ajuda complementar".
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Se a Maltibérica conseguir cumprir o objectivo e comprar mais cevada nacional, o seu maior cliente, a Unicer, passa a comprar em Portugal um total de 5,5 milhões de euros desta matéria-prima. "Podemos atingir os 20 a 30% de aumento de área contratada no próximo ano se tivermos condições que facilitem a contratação. Se o agricultor sentir que há capacidade, adere", diz o responsável."
terça-feira, novembro 13, 2012
Riqueza da terra
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3 comentários:
É a primeira vez que oiço falar no sector primário de um intermediário negociar com os agricultores a indexação do preço oferecido ao do mercado internacional, mais um "prémio" em caso de imprevistos. Pelo que sei em regra geral negociam um preço para todo o ano e não há possibilidade de haver ajustes em função da procura.
Será algo que tem hipótese de funcionar a um nível maior, ou têm a ver com o momento actual, a greve nos portos?
André, não creio que tenha a ver com a conjuntural greve nos portos. Julgo que se trata de uma política empresarial para reanimar um cluster interno.
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Interpreto pelo texto que parte da produção de cevada é desviada para ração para animais, porque deve pagar melhor. Assim, devem querer "agarrar" os produtores.
Se for então ainda melhor, é só pena este modelo não ser mais comum. A CAP, se servia a alguma coisa, podia tentar ver com cada sectores as alternativas para o escoamento de productos, visto que nos actuais moldes são em regra geral pouco favorável aos agricultores. Assim não só permitiram aos agricultores de respirar melhor, porque haveria novos mercados a explorar, como faria pressão sobre os intermediários do sistema "tradicional" a rever a distribuição do lucro, como foi o caso na cevada.
Assim em vez de lutarem por subsídios estaria a lutar por mais abertura; eu acho por exemplo incrível ouvir agricultores a dizere que era mais fácil chegar ao consumidor antigamente porque as feiras permitiam a venda directa de animais e productos. Uma coisa tão simples como permitir a organização de feiras agrícolas nos centros das cidades como havia antigamente, a CAP não é capaz de defender...
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