quarta-feira, maio 02, 2012

Inesperado?

"«O que se está a passar no mercado de trabalho é algo que é inesperado e que não é de todo em todo compatível com aquilo que seria de esperar com o nosso nível de atividade, os valores do desemprego continuam a crescer», afirmou Luís Morais Sarmento, durante a sua audição na Comissão parlamentar de Orçamento e Finanças.
«Esta alteração da situação do mercado de trabalho sugere também que as reformas estruturais que estão a ser executadas no mercado de trabalho são mais urgentes e mais necessárias, uma vez que o mercado de trabalho está a demonstrar uma rigidez mais elevada«, afirma, garantindo que esta reforma é uma das grandes prioridades do Governo."
Inesperado?
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Eheheh, este blogue, mantido por um anónimo engenheiro de província não foi apanhado distraído (aliás, a previsão do crescimento do desemprego foi um dos motivos que usei para justificar o avanço da TSU, dado que a sua redução para ajudar as exportações sempre me pareceu absurdo). Como é que o secretário de estado do Orçamento o foi?
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Porventura o secretário de estado do Orçamento olha para o drill-down (parte II) dos números do crescimento do desemprego?
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Se acabam as obras da construção pública, se a construção civil está parada, se acabam os empréstimos para suportar consumo e se se corta nos recibos verdes do Estado, o que é que o secretário de estado esperava?
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Se houvesse estudo dos números, não se faziam estas afirmações sem sentido e que revelam preguiça intelectual, previam-se e explicavam-se.
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Ontem, enviaram-me este recorte por e-mail
acerca deste projecto.
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A acompanhar o recorte vinha um comentário muito interessante:
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"Há uns anos investiriam na construção civil ou em renováveis"
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É esta transição, esta sifonagem virtuosa de recursos para actividades auto-sustentáveis que devia ser explicada. E, no dia em que recomeçarem as medidas de apoio ao crescimento, uma espécie de "La relance", voltará a interromper-se esta transição virtuosa e necessariamente morosa.

Trecho inicial retirado daqui.

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