quinta-feira, maio 26, 2011
Todos socialistas!!!
"Dou um dado concreto no livro, quando perguntamos às pessoas sobre o peso específico do Estado na economia. Qual é o eleitorado mais liberal? Espantosamente, é o do Bloco de Esquerda. Comparativamente, claro, em Portugal não temos eleitorado pró-mercado, é uma categoria completamente residual. (Moi ici: A nossa triste realidade... um dos motivos que nos trouxe até aqui. ) Mas o eleitorado do BE é mais liberal, no sentido económico do termo, que o eleitorado do CDS. É uma coisa muito curiosa porque mostra que, quando Louçã fala de economia, pura e simplesmente nem estão a ouvir o que ele diz. Votam no Bloco de Esquerda por outras razões. Por serem tendencialmente mais instruídos e mais urbanos, não têm medo do mercado. (Moi ici: Será por causa disso?)"
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Trecho retirado daqui.
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Trecho retirado daqui.
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5 comentários:
Infelizmente não existe em Portugal nunhum partido liberal, em termos económico. Discordo do Pedro Magalhães quando diz que o BE é liberal em termos económicos. Então porque defendem as nacionalizações. Eles próprios se definem como socialistas, os verdadeiros.
O único que parece, para já, vamos ver, ser um pouco mais liberal em termos económicos, mais virado para o mercado, parece ser o Passos Coelho...ele defende maior inicitiva privada.
Em Portugal (coitados, como nós estamos) a palavra liberal ao ser apenas pronunciada já está a ser criticada. Estes senhores ainda não perceberam que se querem adoptar um modelo económico aberto, livre, então têm de lberalizar a economia.
Não é possível competir numa economia de mercado com um modelo assente en nacionalização e intervenção económica do Estado.
Depois dos macro-economistas da treta, eu proponho de continuar essa bela linhagem com os sociólogos holistas da treta.
É normal que haja o sentimento que o eleitorado é mais de esquerda, porque quem mais vota são os velhos (que mais sofreram com o fascismo), ao contrário os jovens são hoje muito mais de direita (liberias a todos os nívéis álias) que antigamente, só que são menos numerosos e votam menos.
Agora a quem diga que nunca poderá haver um partido totalemente liberal, é normal porque nunca vi nenhum "liberal a sério" interessado a construir isso (para ter sucesso basta se focalizar nos eleitores-alvos, os jovens). E ainda bem ao fundo: ja temos dógmaticos à esquerda não os precisamos à direita.
"Discordo do Pedro Magalhães quando diz que o BE é liberal em termos económicos"
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John leia outra vez o Pedro Magalhães, não é o bloco que é liberal em termos económicos, o que ele diz é que são os seus eleitores.
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Quanto ao resto John, acredito que a bancarrota (mais 1 a 2 anos) fará maravilhas pela liberalização da nossa economia e pelo fim da desertificação do interior.
Boa André,
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Como o Rui Albuquerque costuma escrever no Blasfémias:
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"Na avaliação do sentido de voto numas eleições que escolham um governo, um liberal não deve esperar encontrar programas «liberais» nos partidos políticos. O liberalismo não é uma filosofia de governo e do estado, mas uma filosofia sobre o governo e o estado. Não explica como se deve governar, mas o que os governantes não devem fazer no governo. A soberania e o seu exercício, mesmo em democracia, são sempre limitadores da liberdade individual e, por isso, não servem para criar um mundo ideal onde a coacção pública não exista. O liberalismo é, assim, uma filosofia política que nos explica por que razão a sociedade deve conter o poder do governo e a actuação dos governantes. Esses limites são impostos por uma ordem jurídica constitucional que garanta, ao máximo, os direitos, liberdades e garantias individuais, que crie «checks and balances» que auto-limitem os órgãos de soberania, e, no dia a dia, por uma sociedade constituída por indivíduos (mais do que por «cidadãos») conscientes dos seus direitos face ao estado e ao governo. Deste modo, como várias vezes já o escrevi, na política partidária e de governo e do estado o máximo a que podem ascender as pretensões liberais é a de se casarem harmoniosamente com o conservadorismo político, esse sim uma doutrina de governo e do estado. Em Portugal, as ideias liberais têm vindo a fazer o seu caminho. Hoje encontramo-las, em doses maiores ou menores e sempre limitadas por quantidades consideráveis de estatismo conservador, nos programas do CDS e do PSD. Há meia dúzia de anos isto seria impensável. Se elas, ou algumas delas, num país há muito subjugado por um estatismo asfixiante, forem tidas em conta num futuro governo, já não é mau."
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http://blasfemias.net/2011/05/17/ja-nao-e-mau/
Tem razão Carlos, fui eu que li mal.
Não percebo como é que eles, os políticos em geral que nos governam, optam por se integrar numa economia de mercado e não querem adoptar uma postura de uma economia de mercado.
Se olharmos para a nossa história recente (EFTA, entrada na CEE, euro, etc.), todas acções políticas tomadas vão ao encontro de uma economia cada vez mais aberta. No entanto, recusam-se a adoptar medidas que mais resultados teriam na dita economia de mercado.
Fazendo o paralelismo com uma empresa, é o mesmo que uma empresa dizer e focalizar-se em produtos inovadores, mas recusar-se a investir em investigação e desenvolvimento. As acções não combinam com as intenções...
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