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“Como aprendiz de gestor que sou, somente licenciado em Gestão (Universidade Católica) e neste momento a tirar um Msc em Finance e Private Equity (London School of Economics), sempre fui um fã indefectível do Balanced Scorecard. Aliás, devo dizer que a componente estratégica, que abrange muito mais do que o Balanced Scorecard, foi sempre o que mais me cativou. (Moi ici: Suscrevo essa posição na íntegra. Um balanced scorecard só com indicadores, ou seja, um BSC1.0, está obsoleto. As empresas precisam mais do que de medição. É fundamental o mapa da estratégia, ou seja, um BSC2.0, um esquema que descreve as hipóteses estratégicas, que permite usar o BSC como ferramenta de comunica ção, como ferramenta de diagnóstico, como ferramenta interactiva com a realidade. É ainda fundamental aquilo a que chamo o BSC3.0. Formular estratégias é fácil, difícil é executá-las, o BSC3.0 alinha um conjunto de iniciativas estratégicas para executar realmente a estratégia, ou seja, transformar as teorias sobre a estratégia, num conjunto de acções concretas a desenvolver por pessoas concretas, dentro de calendários concretos e com orçamento definido. Não imagina a quantidade de BSCs que vou encontrando, em 2010, e que ainda estão ao nível de um BSC1.0)
É imperativo que qualquer empresa defina a sua estratégia. Obrigatório, até.
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O seu livro, da editora Vida Económica, vale a compra?
Perdoe-me a aparente arrogância, mas por que razão deverei comprar o seu livro? Tenho uma biblioteca que prezo muito, e muitas vezes indaguei se deveria comprar o seu livro. “
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(Moi ici: Meu caro, elogio em boca própria é vitupério. Portanto, cuidado.
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Decidi escrever o livro, quando concluí que fazia algo que não tinha ainda visto relatado, quando senti que tinha algo de novo a comunicar. O que é que tem o meu livro que os outros não têm. Aprecio os livros de Kaplan e Norton sobre o BSC, no entanto, sinto que falta algo importante quando se chega ao BSC2.0. Que iniciativas estratégicas desenvolver?
Imagine a situação: conclui um BSC2.0 e fica satisfeito com o resultado. Demos o nosso melhor, confiamos no mapa e queremos pôr os pés ao caminho, queremos transformar a organização de forma alinhada com a estratégia. Que acções, que projectos, que iniciativas devemos desenvolver para iniciar a mudança?
Não lhe causa desconforto seleccionar as iniciativas com base numa discussão bem intencionada?
Esse desconforto acerca de alicerces tão volúveis não me deu descanso enquanto não o resolvi. O livro descreve a técnica que uso: recorrer à Teoria das Restrições para determinar as iniciativas estratégicas a desenvolver, não com base no planeamento, mas com base na verificação. Ver também este boletim.
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Um segundo desconforto: Como assegurar que as transformações trazidas pelas iniciativas estratégicas não esmorecem após o encerramento do projecto e ganham raízes?
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Aqui entrou a minha experiência com a modelação de organizações com base na abordagem por processos. Aliás, julgo que Kaplan e Norton andam lá perto. )
5 comentários:
É bem. Estou convencido. Quando o tiver, passarei por aqui.
Obrigado pela atenção.
Uma questão Carlos, acha que é possível a integração do canvas do Osterwalder? tipo BSC 1.0 integrado com canvas? Sei que considera o canvas base como o Alex o apresenta muito simplista, mas na versão que propos uns posts atrás não acha um bom e simples complemento para implementação? (gosto do canvas pela simplificação, pelo visualmente fácil e sou um novato no BSC)
Nuno, please check my twitter DM
Ora bem,
Ando a ler o "prémio de execução" do Norton e do Kaplan, e leio e releio, avanço no livro e regresso ao inicio a tentar interiorizar e compreender melhor todo o processo. Como temos contabilidades, tenho a vantagem de poder ir aplicando aos clientes, e analisar a aplicação real, no dia-a-dia deles... e chego a este ponto:
a nível individual, ou de equipa ou até departamento, a aplicação e introdução de objectivos mensuráveis, metas etc torna-se muito mais palpável e fácil de implementar e medir. Quando chego à definição de estratégia global, (muito por culpa da minha ainda inexperiência) a aplicação do BSC torna-se... pesada. Aí é que acho que pode entrar o Canvas. Porquê? mais visual, mais simples, mais perceptível na aplicação de caminhos que a empresa na globalidade deve percorrer... Dificuldade? integração dum modelo com o outro. Não sei se me consegui fazer entender... :S
Deixe-me preparar o melhor ângulo para uma resposta completa. A resposta rápida é sim.
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http://balancedscorecard.blogspot.com/2009/08/uma-pergunta-que-gera-muitas-outras_29.html
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