terça-feira, setembro 01, 2009
Agarrem-me senão eu mato-me!!! (parte V)
Continuado da parte I, parte II, parte III e parte IV.
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Interrompo aqui, momentaneamente, a análise dos livros da parte III, para apresentar uma teoria que tenta explicar a evolução das empresas:
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"Tushman e Romanelli (TUSHMAN, M. L., ROMANELLI, E. Organizational Evolution: A Metamorphosis Model of Convergence and Reorientation. In: STAW, B. M., CUMMINGS, L. L. (Eds.). Research in Organizational Behavior. Greenwich, CT: JAI Press, 1985.) desenvolveram o modelo do equilíbrio pontuado para descrever a mudança das organizações ao longo do tempo (com base na abordagem inicial de Niles Eldredge e Stephen Jay Gould no campo da paleobiologia).
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A evolução das organizações é descrita como um encadeamento de períodos de mudança incremental, pontuados por períodos de mudança descontínua.
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Assim, as organizações progridem através de períodos convergentes pontuados por reorientações que determinam limites para os tempos convergentes.
Segundo o modelo, o estágio de convergência consiste num longo período de tempo onde ocorrem mudanças incrementais e pequenas adaptações. Reorientações são períodos relativamente curtos de mudanças revolucionárias.
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Nos períodos de convergência os tipos de mudança presentes são: sintonia fina (fine-tuning) das estratégias vigentes e ajustes incrementais ao ambiente. Isto envolve mudanças graduais que são fáceis de implementar e dão tempo para que a organização se concentre na busca da eficácia. Quando as organizações se tornam bem sucedidas, aumentam as forças inerciais internas e o padrão se reforça. Isto é, quanto maior, quanto mais longo, o período de convergência, maior o momentum de conformidade com o status quo.
Longos períodos de convergência ocorrem quando a estratégia é apropriada às condições externas e internas da organização. Se ela enfrenta uma forte ameaça, tal como uma grande alteração no ambiente e uma estratégia inapropriada, as forças da inércia agem para prevenir que se adoptem novas mudanças. Quanto maior o período de convergência (período de sucesso), maior o período entre a mudança ambiental e a divergência (reorientação) na organização. (Quando oiço o choradinho de quem pede ao papá Estado que o proteja da mudança não posso deixar de pensar nestas forças internas da inércia que se habituaram a um status-quo que os beneficiava e que entretanto se desintegrou.)
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Períodos de reorientações são caracterizados por mudanças revolucionárias que tomam a forma de trocas simultâneas e definidas nas dimensões estratégicas. Tipicamente, estas mudanças ocorrem não somente na estratégia, mas também na estrutura, nas pessoas e nos processos, tanto que a organização é remoldada. (Quanto mais tempo e recursos se investir no choradinho, mais tempo se adiará a inevitável transformação para triunfar no novo ecossistema.)
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Este tipo de mudança é utilizado em resposta a descontinuidades no ambiente, tal como a regulamentação ou o aumento das pressões competitivas. Frequentemente, as forças de inércia agem para evitar que novas estratégias sejam implementadas, fazendo com que a estratégia actual provoque uma inexorável erosão do desempenho. (Cá está!!!!) Neste momento, os períodos de reorientação são activados. A figura apresenta o modelo do equilíbrio pontuado da evolução das organizações segundo Tushman e Romanelli (1985).(1) Primeiro, uma mudança ambiental ocorre. Em resposta a esta mudança, a organização age experimentalmente porque a estabilidade e a certeza são diminuídas por aquela mudança. Isto conduz para um período de fomento para uma mudança revolucionária. Ao mesmo tempo, forças de inércia são construídas para manter o status quo.
(2) Contudo, durante este tempo, as forças da mudança começam a ser construídas e desencadeiam uma mudança revolucionária.
(3) Com isto, uma nova estratégia dominante surge com o advento de um novo período de convergência. Ajustes incrementais e de sintonia fina caracterizam a mudança na estratégia, neste período de tempo.
(4)Como a estabilidade é restaurada, as forças da inércia começam a agir novamente, determinando o estágio para a próxima mudança."
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Adaptado do artigo "O Processo de Adaptação Estratégica Segundo o Modelo de Tushman e Romanelli: Um Estudo de Caso no Setor de Edificações" de Carlos Rossetto e Adriana Rossetto.
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Interrompo aqui, momentaneamente, a análise dos livros da parte III, para apresentar uma teoria que tenta explicar a evolução das empresas:
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"Tushman e Romanelli (TUSHMAN, M. L., ROMANELLI, E. Organizational Evolution: A Metamorphosis Model of Convergence and Reorientation. In: STAW, B. M., CUMMINGS, L. L. (Eds.). Research in Organizational Behavior. Greenwich, CT: JAI Press, 1985.) desenvolveram o modelo do equilíbrio pontuado para descrever a mudança das organizações ao longo do tempo (com base na abordagem inicial de Niles Eldredge e Stephen Jay Gould no campo da paleobiologia).
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A evolução das organizações é descrita como um encadeamento de períodos de mudança incremental, pontuados por períodos de mudança descontínua.
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Assim, as organizações progridem através de períodos convergentes pontuados por reorientações que determinam limites para os tempos convergentes.
Segundo o modelo, o estágio de convergência consiste num longo período de tempo onde ocorrem mudanças incrementais e pequenas adaptações. Reorientações são períodos relativamente curtos de mudanças revolucionárias.
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Nos períodos de convergência os tipos de mudança presentes são: sintonia fina (fine-tuning) das estratégias vigentes e ajustes incrementais ao ambiente. Isto envolve mudanças graduais que são fáceis de implementar e dão tempo para que a organização se concentre na busca da eficácia. Quando as organizações se tornam bem sucedidas, aumentam as forças inerciais internas e o padrão se reforça. Isto é, quanto maior, quanto mais longo, o período de convergência, maior o momentum de conformidade com o status quo.
Longos períodos de convergência ocorrem quando a estratégia é apropriada às condições externas e internas da organização. Se ela enfrenta uma forte ameaça, tal como uma grande alteração no ambiente e uma estratégia inapropriada, as forças da inércia agem para prevenir que se adoptem novas mudanças. Quanto maior o período de convergência (período de sucesso), maior o período entre a mudança ambiental e a divergência (reorientação) na organização. (Quando oiço o choradinho de quem pede ao papá Estado que o proteja da mudança não posso deixar de pensar nestas forças internas da inércia que se habituaram a um status-quo que os beneficiava e que entretanto se desintegrou.)
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Períodos de reorientações são caracterizados por mudanças revolucionárias que tomam a forma de trocas simultâneas e definidas nas dimensões estratégicas. Tipicamente, estas mudanças ocorrem não somente na estratégia, mas também na estrutura, nas pessoas e nos processos, tanto que a organização é remoldada. (Quanto mais tempo e recursos se investir no choradinho, mais tempo se adiará a inevitável transformação para triunfar no novo ecossistema.)
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Este tipo de mudança é utilizado em resposta a descontinuidades no ambiente, tal como a regulamentação ou o aumento das pressões competitivas. Frequentemente, as forças de inércia agem para evitar que novas estratégias sejam implementadas, fazendo com que a estratégia actual provoque uma inexorável erosão do desempenho. (Cá está!!!!) Neste momento, os períodos de reorientação são activados. A figura apresenta o modelo do equilíbrio pontuado da evolução das organizações segundo Tushman e Romanelli (1985).(1) Primeiro, uma mudança ambiental ocorre. Em resposta a esta mudança, a organização age experimentalmente porque a estabilidade e a certeza são diminuídas por aquela mudança. Isto conduz para um período de fomento para uma mudança revolucionária. Ao mesmo tempo, forças de inércia são construídas para manter o status quo.
(2) Contudo, durante este tempo, as forças da mudança começam a ser construídas e desencadeiam uma mudança revolucionária.
(3) Com isto, uma nova estratégia dominante surge com o advento de um novo período de convergência. Ajustes incrementais e de sintonia fina caracterizam a mudança na estratégia, neste período de tempo.
(4)Como a estabilidade é restaurada, as forças da inércia começam a agir novamente, determinando o estágio para a próxima mudança."
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Adaptado do artigo "O Processo de Adaptação Estratégica Segundo o Modelo de Tushman e Romanelli: Um Estudo de Caso no Setor de Edificações" de Carlos Rossetto e Adriana Rossetto.
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