quinta-feira, abril 10, 2008
The Coming Collapse of the Middle Class
Acabo de viver um momento importante, para a minha capacidade de compreender um pouco melhor o que se passa na sociedade.
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Depois deste momento, julgo perceber melhor porque é que tanta gente tem problemas financeiros, porque é que cada vez mais famílias vão à falência, porque é que apesar da crise, cada vez mais gente pede dinheiro emprestado aos bancos.
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Esta "lecture" é do outro mundo, os gráficos mostram porque é que a família dos anos 60, em que só um elemento do casal trabalhava, tinha um nível de vida superior, ao das famílias actuais em que dois elementos trabalham... impressionou-me a sério.
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Impressiona ver como é que a estrutura da despesa das famílias mudou completamente. Nos anos 60, sobretudo despesas que não amarravam as pessoas, hoje despesas que prendem, que aprisionam que não podem ser evitadas.
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Fica muito mais fácil perceber a evolução da natalidade... basta comparar a taxa de falência das familias com filhos, com a taxa de falência das famílias sem filhos.
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Interessante a ideia de que uma casa próxima de uma boa escola pública tem logo um valor superior.
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Interessante a ideia final de que se num casal: nenhum perder o emprego, não tiver um problema de saúde e não se divorciar já se é "sort of rich". Agora se uma destas três coisas acontecer...
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IMHO, vão investir quase 60 minutos a ver esta apresentação, mas vale a pena, fica-se com uma outra percepção do mundo.
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A "lecture" a sério começa ao minuto 4:45
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Depois deste momento, julgo perceber melhor porque é que tanta gente tem problemas financeiros, porque é que cada vez mais famílias vão à falência, porque é que apesar da crise, cada vez mais gente pede dinheiro emprestado aos bancos.
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Esta "lecture" é do outro mundo, os gráficos mostram porque é que a família dos anos 60, em que só um elemento do casal trabalhava, tinha um nível de vida superior, ao das famílias actuais em que dois elementos trabalham... impressionou-me a sério.
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Impressiona ver como é que a estrutura da despesa das famílias mudou completamente. Nos anos 60, sobretudo despesas que não amarravam as pessoas, hoje despesas que prendem, que aprisionam que não podem ser evitadas.
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Fica muito mais fácil perceber a evolução da natalidade... basta comparar a taxa de falência das familias com filhos, com a taxa de falência das famílias sem filhos.
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Interessante a ideia de que uma casa próxima de uma boa escola pública tem logo um valor superior.
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Interessante a ideia final de que se num casal: nenhum perder o emprego, não tiver um problema de saúde e não se divorciar já se é "sort of rich". Agora se uma destas três coisas acontecer...
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IMHO, vão investir quase 60 minutos a ver esta apresentação, mas vale a pena, fica-se com uma outra percepção do mundo.
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A "lecture" a sério começa ao minuto 4:45
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8 comentários:
Caro José,
Um destes dias temos de nos conhecer pessoalmente.
Obrigado pelas dicas
Caro Carlos, segui o seu conselho e acabei de ouvir a palestra da Dra. Elizabeth Warren. Esmagador em todos os aspectos: desde o seu extraordinário currículo (ela não parece ter mais de 50 anos, se tanto), mas pela força das afirmações fundamentadas sobre o desaparecimento da classe média, os novos pobres, as consequências da existênciadas single-parent families, etc. Mas também me impressionou este caminhar para o abismo que ninguém parece ter força para ou querer suster. Creio que vou voltar a ouvir a palestra e a vou enviar a várias pessoas que, como o Carlos e eu, estão preocupados com o futuro, não só o nosso, pessoal, mas o de todos nós, humanidade. Com todo o Afecto, Voluntária angolana
O tema desta "lecture" abarca o período de desenvolvimenento do chamado neo-liberalismo.
Não será a situação actual das familias americanas ( e de certa forma das europeias) o resultado inevitável da aplicação daquela doutrina ?
É só uma dúvida que gostaria de ver abordada.
Caro grifo,
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Primeiro:
Perdoe a minha ignorância... não é tanto ignorância é mais cuidado com o uso da linguagem (há dias a trabalhar com um empresa de TI, apanhei o tique, querem tudo explicadinho, uma coisa é uma coisa, tem um significado, não pode ter dois ou três), o que entende, a que é que chama neo-liberalismo?
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Segundo:
Acompanhou a lecture?
Gastos com vestuário: -32%
Gastos com a alimentação: -18%
Gastos com electrodomésticos: -52%
Tudo gastos com alguma flexibilidade.
Gastos por carro: -24%
Porque agora, marido e mulher trabalham, são precisos dois carros, gastos com os dois carros: +52%
Gastos com a casa: +76%
Gastos com o seguro de saúde: +74% (por cá, chame-lhe PPR's, seguros de saúde privados, taxas moderadoras...);
Gastos com impostos: +25%
Gastos com a educação: (há vinte anos nem existiam estes gastos), pré-escolar (básico, secundário (não imagina o golpe publicitário, para as escolas particulares, que representou o YouTube Carolina) e universitário (salvo erro eu pagava propinas de 1,5 escudos? e não existiam universidades privadas.
Grande parte do orçamento familiar é comido por estes gastos rígidos.
Se um dos elementos do casal adoece, fica desempregado, ou se há um divórcio, a probabilidade de bancarrota faniliar é de 90%
"Pai Rico Pai Pobre", de Robert Kiyosaki, páginas 14 e 15 da edição portuguesa (2ª):
"a corrida dos ratos".
Foi o que isto me fez lembrar...
Caro CCZ
Numa primeira aproximação ao conceito, pode sempre socorrer-se da Wikipedia, que diz o seguinte :
Neoliberalismo é um termo que foi usado em duas épocas diferentes com dois significados semelhantes, porém distintos:
• na primeira metade do século XX significou a doutrina proposta por economistas franceses, alemães e norte-americanos voltada para a adaptação dos princípios do liberalismo clássico às exigências de um Estado regulador e assistencialista;
• a partir da década de 1970, passou a significar a doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim num grau mínimo (minarquia). É nesse segundo sentido que o termo é mais usado hoje em dia.
E a “absoluta liberdade do mercado” traduzida designadamente pela liberalização e desregulamentação dos mesmos, conduz a situações “moralmente perversas (embora o conceito de moral seja irrelevante para os neoliberais no que aos mercados diz respeito), muitas das quais estão evidenciadas na lecture em causa.
A sucessiva e progressiva desvalorização e desumanização do factor trabalho ( salários estagnados ou em regressão, aumento das horas de trabalho não remuneradas, por ex.) obrigam à entrada no mercado de trabalho dos dois conjuges, só para tentar manter o nível de qualidade de vida, com todos os efeitos negativos sobre a estrutura familiar que se conhecem.
Mas pelos vistos, o tema da lecture se calhar até nem tem nada a ver com isto...
Caro Grifo,
Na minha humilde opinião o mundo é muito complexo, demasiado complexo para ser explicado com chavões.
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Quanto mais aprendo, mais "tremo" com as pessoas que têm a solução, aqueles que acreditam no Grande Planeador, no Grande Geometra, no estado todo-poderoso.
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Eu por mim remeto-me à minha insignificância e vou tentanto fazer a minha parte na micro-economia.
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Percebo então que acredita no proteccionismo "E a “absoluta liberdade do mercado” traduzida designadamente pela liberalização e desregulamentação dos mesmos".
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Pessoalmente não defendo o proteccionismo, prefiro que os consumidores decidam com a sua carteira. Mas se o proteccionismo vingar, para mim fica claro que a consequência lógica seguinte, é a adopção de um regime socialista/comunista. Se o estado decide proteger uns, porque é que esses uns deverão ser privilegiados? Passe-se a posse para o estado, sob pena de voltarmos a cair num regime económico semelhante ao 24 de Abril de 1974.
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Só espero é que não tenha um carro de marca japonesa, para ser coerente com o que defende.
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E a entrada do 2ª conjuge no mercado de trabalho em Portugal foi uma decisão do neo-liberalismo?
E a opção por casa própria em Portugal, foi consequência do neo-liberalismo? (as leis de Salazar, de congelamento das rendas, que por ainda cá andam são o neo-liberalismo no seu topo...)
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Quem acredita em soluções "mágicas" é muito mais feliz do que eu, isso posso garantir-lhe.
CCZ disse :
“Na minha humilde opinião o mundo é muito complexo, demasiado complexo para ser explicado com chavões.
Quanto mais aprendo, mais "tremo" com as pessoas que têm a solução, aqueles que acreditam no Grande Planeador, no Grande Geometra, no estado todo-poderoso.”
Subscrevo a 100% estas afirmações
CCZ disse:
“Percebo então que acredita no proteccionismo "E a “absoluta liberdade do mercado” traduzida designadamente pela liberalização e desregulamentação dos mesmos".
Pessoalmente não defendo o proteccionismo, prefiro que os consumidores decidam com a sua carteira. Mas se o proteccionismo vingar, para mim fica claro que a consequência lógica seguinte, é a adopção de um regime socialista/comunista. Se o estado decide proteger uns, porque é que esses uns deverão ser privilegiados? Passe-se a posse para o estado, sob pena de voltarmos a cair num regime económico semelhante ao 24 de Abril de 1974.
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Só espero é que não tenha um carro de marca japonesa, para ser coerente com o que defende.”
Não sei como consegue retirar a minha pretensa defesa do proteccionismo a partir do meu pequeno texto. Todavia, e independentemente da minha posição a esse respeito, sempre lhe digo que, históricamente, a generalidade dos países hoje mais avançados, assentaram a base do seu desenvolvimento exactamente no proteccionismo, sem degenerarem no fantasma do socialismo/comunismo.
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Para terminar, e parafraseando o caro CCZ poderei dizer que :
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Quem acredita em soluções "mágicas" ( como as leis do mercado totalmente liberalizado e sem restrições) é muito mais feliz do que eu, isso posso garantir-lhe.
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