quinta-feira, novembro 29, 2007

Ainda há quem acredite no Grande Geómetra, no Grande Planeador

"A ideia do Plano Tecnológico tem todo o sentido. É fundamental criar uma marca que sinalize as prioridades de um caminho que tem que ser feito."
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"Precisamos que o Plano Tecnológico passe a ser o ponto de partida e de chegada de uma atitude social que os indivíduos em Portugal deverão querer protagonizar para assumir duma vez por todas um Modelo de Desenvolvimento diferente e com razão de ser."
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"O Plano Tecnológico tem que passar a ser o Plano Estratégico dos Portugueses. São cada vez mais necessários protagonistas operacionais capazes de induzir dinâmicas de diferenciação qualitativa nos territórios e capazes de conciliar uma necessária boa coordenação das opções centrais com as capacidades de criatividade local. Capazes de dar sentido à “vantagem competitiva” de Portugal, numa sociedade que se pretende em rede."

Escreve, num artigo de opinião, Francisco Jaime Quesado, no Jornal de Negócios de ontem.

Já há algum tempo que não lia um artigo tão kepleriano (antes do seu momento de epifania), tanta crença num caminho único, num grande planeador, num grande geómetra...

Como se houvesse um caminho único! Como se houvesse uma entidade inteligente capaz de saber qual é a resposta... como se a vida de um país fosse como um puzzle!!!
Um puzzle tem uma única solução, e o Grande Planeador conhece-a!!!

A vida de um país não é um puzzle! Não há solução, há soluções, milhares, milhões de soluções, todas temporárias, umas mais duradouras que outras.

Viva a liberdade, vivam os caminhos alternativos, vivam os divergentes, vivam os que teimam em ser diferentes, vivam os que não acreditam nos monolitismos de qualquer espécie...

9 comentários:

Cadeia de Valores disse...

Parabéns pelo Post. são estes planeadores, mais os seus sistemas de incentivos, que "obrigam" as empresas a desenvolver planos de investimento em função deles. Estes indivíduos nunca entenderão o falácia da janela partida de Bastiat.

CCz disse...

Exacto, em vez de as empresas se concentrarem em cativar e seduzir clientes, para ter resultados financeiros, entretêm-se a trabalhar para os incentivos.

Como os recursos não são elásticos... algo tem de ser sacrificado!

Anónimo disse...

Gostei de passar por aqui pela primeiríssima

Cumprimentos from Portugal

Anónimo disse...

A realidade da maioria das empresas portuguesas é que ainda não entenderam que estamos em época de mercado aberto... a caça ao pato já abriu. Enquanto se preocuparem em olhar apenas para o proprio umbigo,ou no máximo para a concorrencia do vizinho do lado, nunca poderão evoluir para outros patamares. Acordem para a realidade e para a internacionalização!!!

By Mr Duck (your friend Jopin)

CCz disse...

Jopin...
Uauu bem vindo meu caro!!!

Anónimo disse...

Epa!!! o duck é o jopin?
Magnífico!
Há aqui progressos, sim, senhor... :) Prevejo debate construtivo!...

Anónimo disse...

...
É claro que ele (duck) não sabe quem é o aranha!... hehe

Anónimo disse...

...
E começa logo com abordagens como a da "caça ao pato"... Hmmm, this reminds me something... :D

Anónimo disse...

E para comentar o post propr. dito, diria que a linearidade do pensamento de muitos só os deixa ver 2 caminhos: a linha recta, ou a ausência de caminho.
Voltando à "minha escola", é como quando um prof fornece uma lista de tópicos para, por exemplo, elaborar um qq plano de qq coisa... e, azar dos azares, alguns dos tópicos não se aplicam ao nosso caso...
Que chatice... que dilema...