sábado, setembro 15, 2007

Há que mexer onde dói mais...

Como cínico que sou, relativamente às certificações, fui logo atraído por esta notícia no JN de hoje: "Portucel volta a sujar Cacia".

"A Portucel voltou a inundar Cacia com cinzas."
...
"levando a Associação de Defesa do Ambiente de Cacia e Esgueira (ADACE) a insurgir-se contra o atentado ambiental"
...
"A ADACE "lamenta que estas descargas continuem a ser cada vez mais frequentes, dado que são provenientes de uma empresa com certificação ambiental e vistoriada com alguma regularidade","
...
"continua à espera de uma resposta do Ministério do Ambiente sobre a anterior denúncia da chuva de cinzas negras" e avisa que nova denuncia seguirá sobre o atentado desta semana."

Não adianta fazer denúncias ao Ministério do Ambiente, se este algum dia entender fazer algo, será a um ritmo de caracol, e se o fizer o ministro Pinho, qual Liedson, resolve.

Se alguém conhecer um membro da ADACE comunique-lhe este pequeno segredo, reclamem antes junto da entidade que certificou a Portucel, e não fiquem por aí, reclamem também junto da entidade que acreditou a entidade que certificou. É muito mais rápido... e se calhar mais eficaz.

E não se fiquem por aí, já que a empresa está inscrita, e faz gala disso, no WBCSD (World Business Council for Sustainable Development), no BCSD Portugal (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável) e na RSE Portugal (Associação Portuguesa para a Responsabilidade Social das Empresas), enviem umas cartinhas simpáticas a pedir esclarecimentos e acção.

3 comentários:

Anónimo disse...

Penso que a solução em termos de cidadania é uma de duas:
- enviar as tais cartinhas e pronto, missão cumprida, fizemos a nossa parte;
- ou ficar quieto, juntar este à lista de factos "hard-core" do Portugal do Sec.XXI, e continuar a espreitar a possível escapadela para países civilizados (uma tentação crescente e perigosa).

Anónimo disse...

...por perigosa, leia-se algo como "perigosamente tentadora".

CCz disse...

Caro aranha,

Eu não diria melhor "perigosamente tentadora"