segunda-feira, agosto 20, 2007

Os resultados produzidos por um sistema, só podem ser eliminados quando se destrói o sistema que os gera

Nesta notícia do Público de hoje: "Lisboa e Porto perderam tanta população como os concelhos do interior rural", assinada por Paulo Miguel Madeira, pode ler-se:

"Nos últimos 20 anos, os concelhos de Lisboa e do Porto perderam tantos habitantes quanto todos os outros concelhos do país em regressão demográfica. E para onde foram esses habitantes? Para os subúrbios, que não param de crescer."

Segundo o lead do texto "As duas maiores cidades do país ganharam a forma de um donut: ocas no centro e sobrepovoadas no exterior."

O que fazer?

"Para dar resposta ao crescente desequilíbrio das cidades, o Governo está a lançar um pacote legislativo e uma nova geração de planos de ordenamento do território que procuram a regeneração das áreas em decadência nos centros urbanos e prometem a contenção na expansão das áreas urbanas e da construção junto à costa"

Conseguem imaginar dois, três quatro loops a crescer como uma avalanche?

Por exemplo loop 1: As rendas são baixas --> Não se investe nas casas antigas --> As casas antigas degradam-se --> ...

Enquanto não se destruirem esses 3 ou 4 loops ... nada feito. O sistema ganha sempre:

Quem prende a água que corre
É por si próprio enganado;
O ribeirinho não morre,
Vai correr por outro lado.
António Aleixo

Quanta sabedoria está encerrada nesta quadra!
By the way, no pensamento sistémico, ou antes na simulação dinâmica do pensamento sistémico, usam-se os símbolos e conceitos de stock e flow.

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