quinta-feira, junho 07, 2007

Viva a concorrência

O jornal Público de ontem publicou o artigo "Empresário pede proibição de exportação de resíduos perigosos para viabilizar CIRVER na Chamusca ", assinado por Ricardo Garcia.
Neste texto pode ler-se:

"Para o empresário Jorge Nélson Quintas, que representa o consórcio Ecodeal, responsável por um dos CIRVER, a exportação deveria ser proibida a partir de meados de 2008, quando entram em funcionamento os centros. "Sem isso, não se poderá garantir a sustentabilidade do projecto", afirmou, na cerimónia que marcou o início da obra."

Leio isto e não acredito!

Lembrou-me logo esta história.

E para demonstrar que não estou em desacordo com tudo o que se escreve no livro “€conomia Portuguesa – Melhor é Possível” de António Mendonça Pinto, destaco este trecho"
"A experiência económica mostra que o reforço da concorrência no mercado de bens e serviços é um poderoso mecanismo para aumentar a produtividade da economia porque ajuda as empresas mais produtivas a crescerem e a conquistarem quota de mercado às menos produtivas, que assim são obrigadas a tornarem-se mais eficientes, ou a sair do mercado. Por esta via, ganham as empresas mais produtivas e os consumidores, que conseguem bens e serviços com melhor qualidade e/ou menor preço, e perdem as empresas menos eficientes, razão por que não admira que haja empresários que dizem gostar da concorrência, mas, na realidade, o que desejam é evitá-la. Assim, sendo, é preciso que os poderes públicos resistam às acções e às pressões privadas para limitar a concorrência e regulem convenientemente os mercados, promovendo uma sã e forte concorrência porque está é condição indispensável para melhorar o desempenho das empresas e aumentar a satisfação dos consumidores."

E ainda...

"Os projectos de investimento privado de maior dimensão, por opção cómoda e vantajosa das empresas facilitada pela política económica da década de 90, têm-se concentrado mais no sector dos bens não transaccionáveis e o que a economia portuguesa mais precisa é desenvolver o sector dos bens transaccionáveis."

Nota: A exportação de resíduos perigosos é proíbida, por motivos de protecção ambiental, para fora da OCDE desde 1993. A maioria dos resíduos perigosos exportados vai para Espanha.

1 comentário:

Jose Silva disse...

Caro Carlos,

PF aceda ao email enviado para 'ccruz@redsigma.pt'

Cumprimentos
José Silva