quinta-feira, março 15, 2007

Estratégia em todo o lado

O jornal Público de ontem traz um artigo de opinião, assinado por Joaquim Fidalgo e intitulado “Alternem, alternem…”, carregado de mensagens aplicáveis ao mundo da gestão, senão vejamos:

“Continuo com esta ideia meio peregrina de que jornais, rádios e televisões deviam tentar ser cada vez menos parecidos uns com os outros ("ser diferente é a essência da competitividade estratégica. Significa escolher deliberadamente um conjunto de actividades a executar, por serem capazes de proporcionar um mix de valor único")* – e não, como vamos vendo por aí, cada vez mais iguais. Essa tentação enorme de copiar o figurino do vizinho do lado, só para tentar “copiar” também o seu sucesso, tem dado muita e repetida asneira: como não é fácil fazer simplesmente copy-paste nestas coisas de imprensa, rádio ou televisão, quem procura imitar o figurino do vizinho quase nunca consegue imitá-lo completamente (porque não foi criado e desenvolvido por si, mas pelo vizinho), e, ao mesmo tempo, abdica de desenvolver o seu próprio figurino. Ou seja, fica nem uma coisa nem outra, fica nem carne nem peixe. ("As organizações bem sucedidas são realistas. Reconhecem que não podem de forma alguma vencer os seus concorrentes em todas as operações. Assim, determinam quais os processos que são mais importantes para satisfazer os clientes-alvo e concentram as suas energias e recursos em fazer desses processos os mais eficientes").** E entrar nesse corrupio de correr sempre atrás do que “está a dar” acaba frequentemente por dar tolice.” ("...it realized that to win in the future, companies must stop competing with each other. The only way to beat the competition is to stop trying to beat the competition"***

* - Michael Porter "What is strategy" (Harvard Business Review, Nov.-Dez. 1996)
** - Nitin Nohria, William Joyce & Bruce Robert "What Really Works" (Harvard Business Review, Julho 2003)
*** - W. Chan Kim, Renée Mauborgne "Blue Ocean Strategy" (Harvard Business School Press)

Sem comentários: