segunda-feira, março 28, 2011

Por que não experimentar o caminho menos percorrido? (parte V)

Parte I, Parte II, Parte III, Parte IV e Prequela.
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Já repararam na quantidade de gente que leva o almoço de casa?
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Cada vez mais gente, que há 2/3 anos almoçava num restaurante aproveitando a diária, adoptou a prática de levar o almoço de casa.
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Os adeptos do bode expiatório dirão:
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"É a crise!"
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Será só a crise?
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Hão-de reparar na quantidade de pessoas que vão para o emprego de manhã com um saco da Misako...
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O mais provável é que lá dentro vá um almoço.
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Cá em há casa, há cerca de 3/4 anos, há quem siga esse ritual. Por causa da crise? Não!
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Por causa da saúde!!!
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Por causa da saúde!!!
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Por causa da saúde?
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Sim, por causa da saúde. Farta de fritos, farta de sal, farta da monotonia, farta das dúvidas quanto à qualidade da comida, farta quanto à pobreza nutricional da comida disponível... resolveu começar a levar "marmita de casa"
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Quantos milhares de pessoas existirão nas grandes cidades nas mesmas circunstâncias? Quantas pessoas veriam com bons olhos uma oferta nutricional mais saudável? Quantas pessoas estariam dispostas a trocar o turno da noite, turno de preparação do almoço para o dia seguinte, pela possibilidade de uma refeição rápida e saudável?
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Já estou a magicar um modelo de negócio em torno de uma proposta de valor assente em:

  • alimentação saudável;
  • alimentação variada;
  • rapidez;
  • experiência de atendimento;
  • segurança alimentar (não é diferenciador, é bilhete de entrada)
Já estou a imaginar um blogue a comunicar diariamente quais os pratos, qual a sua composição nutricional, qual a vantagem e a razão de ser dos alimentos usados. Por exemplo, por que é que a sobremesa tem castanhas do Maranhão e amêndoas? Por que são ricas em selénio. Por que é que o nosso corpo precisa de selénio? E um link para dois ou três artigos sobre a importância do selénio para a alimentação.
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Já estou a imaginar o uso das redes sociais para promover a interacção com o espaço...
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Já estou a imaginar parcerias com nutricionistas para criar pratos, para promover o espaço, para traduzir alimentos em nutrientes e saúde.
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Agora estão a ver como é que os incumbentes iam fazer frente a este novato?
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"... why doesn't the incumbent go after the entrant who does something disruptive? 
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It's not that the incumbents couldn't have addressed these technological innovations within their own four walls. But they didn't have a business model that would allow them to take advantage of these technological innovations. 

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Disruptive innovation and business model innovation are linked, are two sides of the same coin, because disruption isn't inherent in the technology, it's inherent in the business model."

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Trecho retirado de "Stuck? Take A Look At Your Business Model"

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