domingo, março 06, 2011
Para estilhaçar uns modelos mentais obsoletos (parte ???)
Continuado daqui.
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Combater a inflação e, em simultâneo, aumentar o consumo interno... parece-me um bocado contraditório mas...
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"SINTESE China: Governo promete responde depressa às queixas populares e fomentar consumo interno"
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Tanta gente cá dentro preocupada em defender o status-quo e o passado e não vislumbra o potencial de tsunami que pode vir por aí e que podia ser aproveitado em nosso favor...
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"É uma nova realidade aquela que emerge na China. A «maior fábrica do mundo» debate-se, actualmente, com uma inesperada escassez de mão-de-obra. Também os salários e a tensão social têm aumentado de forma significativa.
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Durante décadas, as empresas exportadoras, por norma sedeadas no litoral, recrutavam colaboradores um pouco por todo o interior chinês. Um modelo que, aparentemente, parece não estar, agora, a surtir o efeito desejado. Com efeito, há várias empresas chinesas, nomeadamente de calçado, com dificuldades de recrutar novos colaboradores. Em resultado, os salários dispararam no último ano (há quem aponte mesmo crescimentos na ordens dos 50% - de 1.200 para 1.800 yuans) e a tendência é para aumentarem significativamente nos próximos anos.
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Um estudo recentemente divulgado pela Credit Suisse estima que os salários na China cresçam, em média nos próximos cinco anos, 19% ao ano. Os aumentos dos custos das matérias-primas e, principalmente, dos transportes estarão, igualmente, a retirar competitividade às empresas chinesas. Li Jianjiang, empresário chinês de calçado, assegurou à Global Times, que “a empresa não obteve lucro em 2010 e a maior preocupação prende-se mesmo com a falta de colaboradores, não obstante o aumento rápido dos salários”.
A escassez de mão-de-obra parece ser um problema que se estende a vários outros sectores de actividade.
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Em Wenzou, onde se estima serem necessários dez milhões de novos trabalhadores (Moi ici: Na China é tudo em grande, como rematamos no final deste postal) para executar todas as encomendas em carteira, são produzidos 80% de todos os isqueiros à escala mundial. No entanto, a pressão sobre os preços tem vindo a aumentar. Huang Fajing, líder da Associação dos Fabricantes de Isqueiros de Weenzhou recorda que “desapareceram mais de 500 produtores de isqueiros nos últimos meses” Recorda mesmo que há uma crescente pressão que tem motivado os industriais a investir nos mercados imobiliário e da bolsa. (Moi ici: Onde é que já vimos nós esta tendência anteriormente?)
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Também a tensão social tem vindo a aumentar de forma galopante e o número de conflitos laborais e de greves disparou 12% em 2010 para 406.000. O Partido Comunista Chinês propôs, no entretanto, uma uniformização dos salários, prevendo que, num espaço de três anos, todos os sectores possam ser abrangidos por contratos colectivos."
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Trecho retirado da página 19 deste jornal da APICCAPS de Janeiro deste ano.
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A minha mensagem para os empresários é: como podem aproveitar esta onda? Não se limitem a recebê-la de braços abertos, façam batota! Tirem partido das vossas vantagens competitivas! Não deixem dinheiro em cima da mesa! Não tratem os clientes que regressam como uma esmola caída do céu - é negócio!!! E eles não voltam pelos vossos lindos olhos, eles voltam porque reconhecem valor nas vossas ofertas!
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Combater a inflação e, em simultâneo, aumentar o consumo interno... parece-me um bocado contraditório mas...
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"SINTESE China: Governo promete responde depressa às queixas populares e fomentar consumo interno"
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Tanta gente cá dentro preocupada em defender o status-quo e o passado e não vislumbra o potencial de tsunami que pode vir por aí e que podia ser aproveitado em nosso favor...
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"É uma nova realidade aquela que emerge na China. A «maior fábrica do mundo» debate-se, actualmente, com uma inesperada escassez de mão-de-obra. Também os salários e a tensão social têm aumentado de forma significativa.
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Durante décadas, as empresas exportadoras, por norma sedeadas no litoral, recrutavam colaboradores um pouco por todo o interior chinês. Um modelo que, aparentemente, parece não estar, agora, a surtir o efeito desejado. Com efeito, há várias empresas chinesas, nomeadamente de calçado, com dificuldades de recrutar novos colaboradores. Em resultado, os salários dispararam no último ano (há quem aponte mesmo crescimentos na ordens dos 50% - de 1.200 para 1.800 yuans) e a tendência é para aumentarem significativamente nos próximos anos.
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Um estudo recentemente divulgado pela Credit Suisse estima que os salários na China cresçam, em média nos próximos cinco anos, 19% ao ano. Os aumentos dos custos das matérias-primas e, principalmente, dos transportes estarão, igualmente, a retirar competitividade às empresas chinesas. Li Jianjiang, empresário chinês de calçado, assegurou à Global Times, que “a empresa não obteve lucro em 2010 e a maior preocupação prende-se mesmo com a falta de colaboradores, não obstante o aumento rápido dos salários”.
A escassez de mão-de-obra parece ser um problema que se estende a vários outros sectores de actividade.
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Em Wenzou, onde se estima serem necessários dez milhões de novos trabalhadores (Moi ici: Na China é tudo em grande, como rematamos no final deste postal) para executar todas as encomendas em carteira, são produzidos 80% de todos os isqueiros à escala mundial. No entanto, a pressão sobre os preços tem vindo a aumentar. Huang Fajing, líder da Associação dos Fabricantes de Isqueiros de Weenzhou recorda que “desapareceram mais de 500 produtores de isqueiros nos últimos meses” Recorda mesmo que há uma crescente pressão que tem motivado os industriais a investir nos mercados imobiliário e da bolsa. (Moi ici: Onde é que já vimos nós esta tendência anteriormente?)
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Também a tensão social tem vindo a aumentar de forma galopante e o número de conflitos laborais e de greves disparou 12% em 2010 para 406.000. O Partido Comunista Chinês propôs, no entretanto, uma uniformização dos salários, prevendo que, num espaço de três anos, todos os sectores possam ser abrangidos por contratos colectivos."
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Trecho retirado da página 19 deste jornal da APICCAPS de Janeiro deste ano.
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A minha mensagem para os empresários é: como podem aproveitar esta onda? Não se limitem a recebê-la de braços abertos, façam batota! Tirem partido das vossas vantagens competitivas! Não deixem dinheiro em cima da mesa! Não tratem os clientes que regressam como uma esmola caída do céu - é negócio!!! E eles não voltam pelos vossos lindos olhos, eles voltam porque reconhecem valor nas vossas ofertas!
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