terça-feira, setembro 07, 2010

Faz-me espécie

Retirei esta figura do livro “The Execution Premium” de Robert Kaplan e David Norton por que me faz muita espécie.

No meu modelo mental a coisa funciona assim:

Olho para os resultados como consequência de algo que se faz a montante, ou seja:

Gosto da metáfora do diagrama de causa-efeito para explicar onde actuar a montante para ter os resultados pretendidos.

Não gosto de colocar iniciativas, projectos de mudança, nas perspectivas de resultados. Se realizamos uma iniciativa é para mudar uma daquelas causas que contribuem para o efeito e o efeito são os resultados.

Daí que prefira usar:

Voltando à figura do livro de Kaplan e Norton:

.

Se modifico a segmentação dos clientes estou a alterar uma prática de trabalho.

Se passo a fazer uma avaliação da satisfação dos clientes… estou a acrescentar uma nova prática de trabalho.

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Ou seja, colocaria as iniciativas na perspectiva interna e não na dos clientes.

4 comentários:

Ulf disse...

talvez o que eles queiram dizer é que no 'final' do processo deve privilegiar-se a componente financeira E a componente perenidade de capacidade de apresentação de novas/dfentrentes/melhoradas/evoluídas propostas de valor q assegurem o futuro e, por esse via, retornos financeiros mais tarde

lookingforjohn disse...

hmmm...

Não será algo mais simples?...

Com "segmentation initiative", eles querem dizer "actuar nos segmentos previamente definidos", e não alterá-los. Num racional típico de Marketing, trata-se de acções de último nível de operacionalidade, acções de execução do que fora estabelecido/ pensado.
Trata-se de execução de tarefas, em suma, ainda que subordinadas a um pensamento anterior.

O "satisfaction survey" a mesma coisa, tem uma finalidade não de contributo para os resultados, mas tão somente de recolha dos mesmos.

Ou seja, a montante, o pensamento e as iniciativas estratégicas visando os resultados na perspectiva clientes. E nesta, a execução das tarefas (previstas nas iniciativas) de interacção directa com o cliente, e as tarefas de recolha de resultados... (ou seja, é só uma forma de alocar as tarefas aos "interfaces"...)

Será isto?...

CCz disse...

Caro Filipe, esse ponto não me faz espécie, comungo dele. No fim tem de dar dinheiro ponto.
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Caro Lookingforjohn, mas se são tarefas, não deviam estar algures a fazer parte de iniciativas na perspectiva interna?

lookingforjohn disse...

Eu associaria as tarefas às iniciativas na perspectiva interna. Eventualmente, se se justificasse, se servisse para orientar algo ou alguém, associá-las-ia também, numa outra coluna, a qualquer coisa como o "terreno de aplicação" e aí apareceria a tal indicação do interface (naquele caso, com os clientes).
Acho que o que eles fizeram foi juntar tudo no mesmo pacote (coluna da tabela). :P