terça-feira, fevereiro 10, 2009
Passar da estória individual para um padrão e do padrão para uma explicação, para uma teoria
IMHO este é um dos melhores postais de Pedro Arroja "às vezes, ao desbarato".
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O autor escreve: "Eu não me tinha dado ainda conta da enorme incapacidade dos portugueses para o pensamento abstracto, e da sua excessiva concentração nas formas concretas de pensamento."
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Estou quase a sair do escritório para trabalhar com uma empresa hoje de tarde, associo um dos desafios dessa empresa àquilo a que Geoffrey Moore chamou "Crossing the Chasm".
Um produto inovador tem sucesso junto de 'meia-dúzia' de Visionários (estes representam os Early adopters da figura) e depois... nada.
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Parece que há uma barreira ao crescimento, à difusão do produto inovador pelo mercado em geral. Daí o abismo o 'chasm' entre os Early adopters e a Early majority.
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Desde tenra idade que me habituei a ver na televisão o desaparecido Fernando Pessa, e outros locutores, a entrevistarem 'inventores' que se queixavam de que ninguém lhes ligava às suas invenções, ninguém financiava a sua expansão,... o choradinho do cortejo dos coitadinhos em que o nosso país se tornou expert.
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Agora voltando a Arroja; a nossa cultura concentrada em formas concretas de pensamento, habituada só a ver o que se vê acima da superfície das águas, dificilmente mergulha para estudar a dimensão do iceberg e retirar lições gerais sobre o assunto (por isso é que fomos e somos bons a desbravar caminho, a bater o terreno inexplorado: Estilos de gestão ).
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O que Geoffrey Moore fez foi pegar nessas estórias individuais, verificar que havia um padrão que se repetia, avançar com uma explicação e com uma hipótese sobre como enfrentar a situação.
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A coisa chega a este limite de caracterizar psicologicamente os Visionários dos Pragmatistas:
Nós... pela palmadinha nas costas e pela cedência do megafone para carpir mágoas.
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Vejam como eu sou um desgraçadinho incompreendido. Tenham pena de mim! Associem-se solidariamente à minha tristeza.
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2 comentários:
Carlos,
PA é um lunático viciado em especulações. Tanto especula que às vezes acerta, o que não é o caso.
O conservadorismo mental que ele refere está mais associado à falta de formação/conhecimento/cultura do que às questões cath/prot ou traço psicológico dos portugueses.
Há uns anos li no LeMondeDiplomatique uma análise sobre Portugal no início do século XVIII: Enquanto que toda a europa já estava alfabetizada, em Portugal era uma minoria. Hoje já temos +80% de alfabetizados mas a capacidade de pensar e ainda está com 200 anos de atraso.
Devia ser por aqui que PA devia investigar e se possível com métodos econometricos no qual se doutorou. Ao contrário está viciado em chocar e se armar em reinventor da roda.
Ando há muito tempo fugida, mas hoje nao resisti de mandar esta frase célebre do Bertolt Brecht:
"O que é roubar um banco comparado em fundar um?"
Espero, que compreenda o que traduzi.
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