sábado, janeiro 03, 2009

É tão bom ser refém

Apesar do cuco ("Os dados que o Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgou revelam que a carga fiscal dos portugueses aumentou em 2007 pelo terceiro ano consecutivo, encontrando-se em máximos de pelo menos 13 anos.") e dos normandos (A indústria têxtil está indignada com o aumento dos preços do gás, com a agravante de que, nos últimos anos, as empresas foram aconselhadas à conversão tecnológica dos equipamentos de fuel para gás. Só no ano passado, o aumento foi de 25% nos preços, estando previsto novo agravamento de 9% para o presente exercício.) há PMEs portuguesas geridas por portugueses, que aprenderam a manobrar no revolto grande oceano económico mundial de quem está no mercado dos bens transacionáveis, e que apesar de estarem longe dos corredores e alcatifas do poder conseguem seduzir consumidores e clientes.
Em relação ao calçado há que sublinhar de modo muito forte o pormaior:
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"É que o aumento do preço médio foi de 13,7% por par, para cerca de 19,7 euros, o segundo maior preço médio a nível internacional."
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Trata-se de gente que nitidamente aprendeu a vantagem de trabalhar com o numerador da equação da produtividade e que está a abusar (no bom sentido da palavra) dos atributos, e a cavalgar a onda... é tão bom ser refém de clientes e mercados (são sempre racionais, ainda que nós, por vezes, não possamos compreender a sua mensagem) ... muito menos arriscado que depender do cuco e dos favores dos normandos.

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