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domingo, abril 13, 2014

Misturar catequese e economia...

Misturar catequese e economia... dá mau resultado.
"Quem fez um negócio onde não pode pagar 500 euros a quem trabalha oito horas, deve, de facto, mudar de ofício."
Para o autor da frase, um "lesboeta", para o seu mundo, a frase pode fazer todo o sentido. Contudo, Lesboa não é Portugal.
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Será que o à vontade para pagar um salário de 500 euros é o mesma em Lesboa e na Guarda, ou em Pinhel, ou em Macedo de Cavaleiros, ou em Vilar de Maçada, ou em Portalegre?
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Poderia interpretar este movimento como uma motivação originada para promover mais um surto de drenagem de gente do interior para as cidades do litoral.
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Daqui a uns tempos vamos ter subsídios dos governos para embaratecer o emprego e tentar contrabalançar esta subida. Contudo, como os que mais precisarão não têm acesso às fábricas de apoios...
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Recordar o "Acham isto normal? Ou a inconsistência estratégica! Ou jogar bilhador como um amador!"


Trecho retirado de "Salário mínimo: justiça ou desistência?"
Imagem retirada de "Mapa dos salários em Portugal"

domingo, novembro 27, 2011

Uma racha no monolitismo?

"Poderia haver alguma forma de aumentar o SMN diminuindo outros encargos das empresas? 
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Se o SMN subisse para 500 euros poderia não ter importância para algumas empresas, mas implicaria dificuldades para outras. Estamos perante um problema: ter uma regra igual para todos. Há países em que o SMN é definido por convenções colectivas em cada sector. A regra de haver um SMN igual para todos se calhar não é forma mais adequada de resolver o problema."
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Quem acompanha este blogue sabe o quão profundamente enraizado no meu ADN está o pensamento de que as PMEs não devem competir pelos custos, pelos salários baixos. Contudo, nunca serei adepto de fechar uma empresa porque não consegue pagar o SMN. 
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Por que acredito que o mundo é demasiado complexo para que regras gerais se apliquem a realidades distintas, não acredito em políticas "nacionais", não acredito no SMN. 
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Assim, é com agrado que leio esta reacção de Silva Peneda. 
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Silva Peneda concede que salários mínimos por sector será mais inteligente que um único SMN.
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É uma primeira brecha, uma primeira racha no monolitismo que nos domina.
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Assim que existam salários mínimos sectoriais, talvez faça sentido mão amiga fazer chegar ao conhecimento de Silva Peneda os trabalhos do prémio Nobel da Economia Dale Mortensen ou despertá-lo para o tema da distribuição da produtividade até que ele perceba que existe mais dispersão de produtividade dentro de um sector económico do que entre sectores económicos e, se for consequente com as suas conclusões, perceber que quer o SMN quer o SMSectorial não fazem sentido.
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