Em fundo, enquanto Eládio Clímaco, diz qualquer coisa (não tenho os auriculares), podemos apreciar uma imagem da parede rochosa que enquadra o Douro humilhado (adjectivo atribuído ao rio, ou por Torga, ou por Santanna Dionísio, por causa das barragens que o domaram).
Quando estudava, as minhas férias escolares eram, em grande parte, aproveitadas para, de mochila às costas, percorrer o vale do Douro Internacional (nunca esquecerei a caminhada de vários dias entre Vilarinho dos Galegos, Lagoaça, Bruçó, Peredo da Bemposta,… ainda Madonna cantava like a virgin, Tchernobil ainda não tinha acontecido, Freddy Mercury cantava i'm the great pretender, e suburbia dos Pet Shop Boys animava os bailaricos de Mogadouro ), o vale do Sabor, do Tua, do Tuela, do Côa, do Águeda (junto a barca d’Alva).
Lá está, quase ao centro a minha mochila pousada no chão...
Daqui não consegue ver-se mas eu estava lá e lembro-me, aquele ali, no canto inferior esquerdo da foto, o Armindo Jorge, estava embasbacado, aparvalhado... um urbano portuense sentia-se pequenino perante tal panorama...