""Andei quase 18 anos a estudar para arranjar um trabalho que não é, de todo, aquilo para que estudei. Sentia-me ainda pior por ser tão mal paga tendo tantas competências","Como comentar isto sem que o Cortes apareça a censurar a falta de humanismo?
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Porque andei 18 anos a estudar e até tenho um mestrado, devia ter direito a trabalho na área? Não é a oferta que determina a procura, a não ser para os keynesianos, é a procura que justifica a oferta.
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O enredo complica-se...
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O jornal começa com a ideia de que é criminoso jovens licenciados trabalharem em áreas para as quais não estudaram. Depois, os jovens criticam ter de trabalhar numa área para a qual não estudaram. Entretanto, os mesmos jovens, ficam aborrecidos pelo contrato não ser renovado. Depois, os profissionais do turismo entram na cena:
"Uma situação que merece críticas aos guias profissionais. "Fiz um curso de três anos, passei um verão inteiro a estudar para o exame e agora vêm estes meninos tirar-nos trabalho", lamenta Joana Rocha Leite, guia profissional a tempo inteiro desde 1988, pedindo que algo "seja feito" para corrigir a situação."Aguarda-se para breve a criação da Ordem do Turismo. Depois, só pessoas inscritas na Ordem é que poderão interagir com os turistas. Para esta gente, num mundo ideal, dar uma indicação na rua a um turista seria crime perseguido pela Dona Varela.
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Este artigo é, em certa medida, um retrato do Portugal pequenino, sempre a gritar porque alguém roubou o seu naco de queijo...