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quarta-feira, outubro 11, 2023

Análise do contexto (parte II)

Parte I.

Recordo também Outra vez o Karma

A partir deste mês, a Europa está a implementar a primeira taxa baseada no carbono, impondo um imposto sobre as importações com base nas emissões de carbono causadas pela indústria transformadora. Esta taxa terá inicialmente o maior impacto nos materiais industriais, mas empresas como a PepsiCo e a Davita alertaram que poderá eventualmente afetar os seus negócios. A União Europeia pretende incentivar mais países a reduzir as emissões e garantir que os fabricantes europeus permaneçam competitivos. Os impostos não serão cobrados até 2026, aumentando gradualmente até igualarem os preços do carbono da UE em 2034. Espera-se que esta taxa tenha um impacto significativo em indústrias como cimento, ferro e aço, alumínio, fertilizantes, eletricidade e hidrogénio.

Os impactes potenciais da taxa de carbono nas empresas podem variar. Inicialmente, indústrias como o cimento, o ferro e aço, o alumínio, os fertilizantes, a eletricidade e o hidrogénio serão as mais afetadas pela taxa. As empresas que operam nesses setores podem enfrentar um aumento de custos por causa dos  impostos sobre as emissões de carbono causadas pela produção. Isso pode levar a preços mais altos para produtos feitos com combustíveis fósseis, o que pode resultar em inflação.

""The consequences will be vast," wrote Elena Belletti, head of carbon research at energy research firm Wood Mackenzie, in a recent report. She thinks the rules will "reconfigure international trade flows" over the next five years, and potentially result in new carbon fees going into effect in more countries.

European policy makers say the system, known as the Carbon Border Adjustment Mechanism, has two goals: encouraging more countries to write laws that reduce emissions, and making sure that European manufacturers stay competitive with rivals operating in "dirtier" jurisdictions."

Por exemplo, para as empresas portuguesas que se lançaram na subcontratação no Brasil: 

"Chinese, Brazilian, and Indian officials have warned that it could upend free trade [Moi ici: O Brasil preocupado com o comércio livre, uma anedota]. The U.S. has reportedly asked for exemptions."

Trechos retirados de "A European Carbon Tax Is Coming. What It Means for the World.

sábado, setembro 30, 2023

Outra vez o Karma

Há uma semana escrevi sobre o Karma.


Ontem no FT, "Non-European companies need not fear carbon border tax":
"The EU has long been at the forefront of global efforts to fight climate change. In particular, we have been pioneers when it comes to carbon pricing: the EU Emissions Trading System (ETS) has been operating for close to two decades. This Sunday, we will begin to implement another groundbreaking measure that will over time extend the same pricing principles to all carbon-intensive products sold on the EU market, wherever in the world they originate.
...
The EU is introducing CBAM in a gradual manner. For a transitional phase running until the end of 2025, EU importers of CBAM goods - steel, iron, aluminium, cement, hydrogen, fertilisers and electricity - from non-EU countries will only need to provide data on the carbon intensity of their products.
EU measures aim to encourage industry globally to embrace greener technologies
Then, starting in 2026, companies will begin buying and surrendering BAM certificates based on the carbon footprint of their imports. Payments under BAM will be phased in over a decade until 2035."

A EU exporta mais do que importa. O que impede outros países e blocos económicos de criarem mecanismos de "retaliação"? Uma UE envelhecida precisa de exportar, mais do que importar.

Lembro-me, por exemplo, das campanhas do calçado para exportar para os Estados Unidos ou para a Coreia do Sul.