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quinta-feira, novembro 19, 2020

Giving a shit

O meu amigo Trevor manteve uma conversa com um dos meus gurus profissionais, Tom Peters. A certa altura Tom aborda o tema “giving a shit”. 

Giving a shit é quando a chefia se relaciona com os subordinados como seres humanos, não porque seja bom ou mau para o negócio, mas porque ambos são seres humanos. Depois, discorre sobre algo que já tenho lido em várias fontes: as pessoas despedem-se, ou pior, demitem-se de estarem presentes mais do que de corpo, mais por causa das chefias do que por causa de outras condições.

Vem isto a propósito deste título "Covid-19: Centro Hospitalar Médio Tejo suspende férias a todos os profissionais". O título fez-me recordar uma conversa telefónica que tive com o Aranha no final de Setembro ou princípio de Outubro acerca da chefia da mulher, que é enfermeira na zona Centro do país, ter cortado as férias ao pessoal, mas mantido intactas as suas santas férias de Natal, aproveitando mesmo para fazer uma ponte entre o Natal e o Ano Novo.

Este é, para mim, um dos testes da liderança. Julgo que já escrevi aqui sobre ele por causa de um livro de Simon Sinek, “Leaders eat last”.

O que se pode esperar de alguém que é incapaz de perceber o impacte das suas decisões na moral dos trabalhadores? 

Não estou a alinhar com aquela postura de catequese em que se diz que a função A é tão importante quanto a função B. Não acredito que todas as funções sejam igualmente importantes. Todas podem ser necessárias, mas algumas são mais importantes que outras, mas não estou a falar de funções, estou a falar de pessoas.