Mostrar mensagens com a etiqueta descarbonização. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta descarbonização. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, julho 16, 2025

Portugal, o que é que se está a fazer ou a planear fazer?


Há um ditado atribuído a Confúcio que diz algo como:

"O homem inteligente aprende com os seus próprios erros. O sábio aprende com os erros dos outros."

Ainda há dias recordei o ICI-man e a sua frase que nunca me abandona

"Planning is an unnatural process; it is much more fun to do something. And the nicest thing about not planning is that failure comes as a complete surprise rather than being preceded by a period of worry and depression."


Depois, recordei os rinocerontes cinzentos e os fragilistas:

"Os fragilistas partem do princípio que o pior não vai acontecer e, por isso, desenham planos que acabam por ser irrealistas ou pouco resilientes. Depois, quando as coisas acontecem, chega a hora de culpar os outros pelos problemas que não souberam prever, não quiseram prever, ou que ajudaram a criar."

"O fragilismo espera sempre o melhor do futuro, não prevê sobressaltos. Acredita que os astros se vão alinhar em nosso favor, não vê necessidade de precaução, just in case."

Também posso recuar ao Evangelho segundo São Lucas 14, 28-33:

"Quem de vós, desejando construir uma torre, não se senta primeiro a calcular a despesa, para ver se tem com que terminá-la? Não suceda que, depois de assentar os alicerces, se mostre incapaz de a concluir e todos os que olharem comecem a fazer troça, dizendo:

‘Esse homem começou a edificar, mas não foi capaz de concluir’.

E qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro a considerar se é capaz de se opor, com dez mil soldados, àquele que vem contra ele com vinte mil? Aliás, enquanto o outro ainda está longe, manda-lhe uma delegação a pedir as condições de paz."

Entretanto, no FT da passada segunda-feira podia ler-se, "Rising demand forces Dutch to ration electricity". O artigo relata como os Países Baixos enfrentam um racionamento da electricidade devido à crescente procura motivada pela transição energética e electrificação da economia. Com mais de 11.000 empresas à espera de ligação à rede, o sistema eléctrico holandês está a atingir os seus limites. A situação está a forçar o governo, operadores e empresas a repensar planos de investimento e a procurar novas soluções, desde tarifas diferenciadas por hora até campanhas de sensibilização sobre consumo energético. O artigo alerta que esta crise energética é um aviso para outros países europeus que estão no mesmo caminho de descarbonização.

"More than 11,000 businesses are waiting for electricity network connections… On top of that are public buildings such as hospitals and fire stations as well as thousands of new homes.

...

Everything is going electric and electricity infrastructure needs to grow massively everywhere.

...

Lengthy waits for connections were holding up economic growth and could force businesses to rethink their investment plans.

...

To fix the overcrowded electricity system... the country needs to increase capacity until 2030 by an average of €4bn a year... The Hague has also put out a 'more conscious use of energy' advertising campaign.

...

The Dutch example is a warning... other countries should 'definitely' see the Dutch example as a warning."

Portugal, o que é que se está a fazer ou a planear fazer?