"The events in our lives happen in a sequence in time, but in their significance to ourselves they find their own order, a timetable not necessarily — perhaps not possibly — chronological. The time as we know it subjectively is often the chronology that stories and novels follow: it is the continuous thread of revelation."Que junto a este outro de Daniel Kahneman:
"I am my remembering self, and the experiencing self, who does my living, is like a stranger to me."E à metáfora de Argo.
Se o futuro fosse conhecido bastava planeá-lo e seguir o plano, mas o futuro é o reino da incerteza, é a Terra Incognita. Claro que temos de planear, e eu sou um fanático do planeamento, mas não chega, há que deixar algum espaço para a serendipidade. Uma directora de turma estava-me sempre a dizer que o meu filho mais novo precisava de passar menos tempo em frente ao PC (a ver séries e outros vídeos, acrescento eu) nunca o proibi, nem me recordo de o ter alguma vez mencionado. Hoje, ele estuda Cinema.
Quando o mundo muda, quando o futuro sofre um corte abrupto, a serendipidade pode-nos fornecer matéria-prima para vivermos uma "nova oportunidade, num nível diferente do jogo da nossa vida", ou seja, "as pedras que a vida nos vai dando são os materiais de construção com que vamos montando a realidade do que vamos ser amanhã", a construção do nosso percurso. E só quando a necessidade aperta, ou a oportunidade surge, é que acontece a revelação que vem contextualizar e dar um sentido novo a tudo, aprendi com Randy Pausch, "Be prepared: "luck" is where preparation meets opportunity".