quinta-feira, outubro 16, 2025

Curiosidade do dia

Há quase dois anos escrevi Depois não se venham queixar das empresas zombies (parte II). A partir de um artigo do New York Times sobre o estado de Vermont, mostro exemplos de empresas a adaptarem-se à falta de trabalhadores.

A mensagem central é que a escassez prolongada de mão-de-obra exige adaptação estrutural das empresas: quem não se adaptar perderá competitividade. Os “vencedores” serão os trabalhadores, que ganham mais poder de negociação (recordar as partes I e II de "Tratados como Figos").

Ontem no FT li "Germany to let retirees earn €2,000 a month and not pay tax"

A Alemanha enfrenta graves desafios demográficos, com a saída gradual dos baby boomers do mercado de trabalho e a escassez de jovens trabalhadores. Para mitigar a falta de mão de obra qualificada e aliviar pressões sobre o sistema de pensões, o governo vai permitir que reformados continuem a trabalhar, podendo ganhar até €2.000 por mês sem pagar impostos. A medida faz parte de um pacote mais amplo de reformas e visa manter mais pessoas activas, ao mesmo tempo que apoia as finanças públicas e dá um impulso psicológico e económico à sociedade.

O ponto em comum é claro: a escassez de mão de obra não é conjuntural, é estrutural. Tanto na Alemanha como nos EUA, a adaptação passa por valorizar mais o trabalho, repensar modelos de negócio e incluir grupos até aqui afastados do mercado laboral.

Entretanto, em França cozinha-se uma catástrofe: https://x.com/faureolivier/status/1978173237206135128





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