segunda-feira, outubro 27, 2025

Curiosidade do dia


Era eu, miúdo, quando ouvi dizer que Calouste Gulbenkian ficou muito impressionado com o cuidado que então se tinha com monumentos e museus portugueses, como o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém e o Museu Nacional de Arte Antiga.

É estranho, mas foi dessa estória que me lembrei, com tristeza, depois de ler, "Pinhal passou a pomar e esgota recursos hídricos em zona protegida em Alcácer do Sal":
"Num território onde se instalam megaplantações de abacateiros, tangerineiras, hortícolas e frutos vermelhos em regime intensivo, as extracções de água no aquífero já terão excedido os recursos hídricos subterrâneos disponíveis. Mas a inevitável escassez que se tem feito sentir nos últimos anos não tem impedido que novas explorações que exigem elevados consumos de água continuem a proliferar na zona da bacia do Sado.
...
já se observa um fenómeno preocupante e irreversível do ponto de vista hidrogeológico: o abatimento dos terrenos onde estão implantados milhares de hectares de novas culturas em regime intensivo. A sua estrutura, por ser porosa, é comprimida quando a extracção de água é superior à recarga natural - assim, o armazenamento no aquífero "perde definitivamente capacidades de reserva" , explica o hidrogeólogo."

Quem cuida? Quem se preocupa com o património natural?

Privatizar lucros e externalizar custos geram uma "Tragedy of the Commons", recordo "Existem dragões, podem crer."

 

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