Primeiro a frase completa:
"Pour le colonisé, la vie ne peut surgir que du cadavre en décomposition du colon."
"Pour le colonisé [Moi ici: O mais fraco, o que merece cuidado na tradição cristã que impregnou o pensamento ocidental], la vie ne peut surgir que du cadavre [Moi ici: Desejar a morte do outro, algo pouco cristão] en décomposition du colon. [Moi ici: O outro é o forte, por isso merecedor do nosso desdém, ou o segundo na escolha. Como o camelo que passa mais facilmente pelo buraco da agulha que o rico. Sim, eu sei que a tradução do grego não foi a melhor]"
A frase foi construída para chocar. Usa o anticristianismo, o desejar a morte de alguém, para justificar uma mensagem do cristianismo.
Fiquei a pensar é que o apelo ao anticristianismo é também, uma licença para abandonar os preceitos do cristianismo. Como diz Tom Holland, só o cristianismo embebido na sociedade impede que hoje o mais forte tenha prioridade sobre o mais fraco. Sem cristianismo, poderemos ter sem quaisquer pruridos alguém a escrever:
"Pour le colon, la vie ne peut surgir que du cadavre en décomposition du colonisé."
O paradoxo de usar a retórica anticristã para transmitir uma mensagem cristã, sugere que o abandono dos valores cristãos pode levar a uma reversão em que os fortes dominam os fracos sem restrições morais.
Isto a propósito de uma frase de uma euro-deputada da França Insubmissa.
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