"Está a dizer que estamos pior que em 2008? Sim. Se analisarmos um gráfico de crescimento da dívida americana a partir dos anos 80 parece os Alpes! A atitude paternalista do Governo e da Reserva Federal perante as várias crises levou os gestores e investidores do sector financeiro a acreditar que os decisores políticos e os reguladores da actividade bancária adoptariam idêntica orientação em futuras situações, levando-os a reforçar a componente de risco, emitindo dívida cujo produto aplicavam em investimentos especulativos nos mercados de capitais. Esta orientação não mais parou levando a um aumento em exponencial do endividamento do sector financeiro, às sucessivas bolhas especulativas com as consequências que agora se conhecem.Trechos retirados de "Hugo O'Neill: "Esta bolha é pior do que 2008. E pode rebentar hoje""
Acresce que o peso dos depósitos nos balanços dos bancos dos EUA decresceu muito, o que aumenta consideravelmente o risco.
...
A bolha vai rebentar? Quando? Não se sabe. Tanto pode ser amanhã ou em breve. Há mil razões para isto estoirar: a crise no Qatar com o Médio Oriente, a volatilidade das relações externas de Trump, o descrédito em relação à politica económica de Trump, por exemplo. É uma bolha gigante que envolve uma sobrevalorização do mercado de acções americano. O índice S&P500 apresenta neste momento um rácio (CAPE) de 30 vezes, ou seja, o valor do índice é cerca de 30 vezes o resultado médio por acção ajustado pela inflação, o que corresponde a um desvio de cerca de 80% acima da média. Quando rebentar, será tanto para as empresas boas como para as más. Só se safa quem esteja em activos que possa mobilizar de forma independente."
quarta-feira, julho 19, 2017
Curiosidade do dia
Quando escrevo aqui que tenho medo das políticas fragilistas é, também, por causa disto:
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