"O governo devolve salários ao funcionalismo, mas tira-lhe, ao mesmo tempo, os meios para desempenhar o seu papel. Não poderia haver melhor sinal de que o Estado social só interessa ao governo e à maioria como uma bolsa de clientelas e de dependentes, e não como prestador ou garante de serviços à sociedade. Em Portugal, começamos a deixar de ter um Estado social para passar a ter um Estado fundamentalmente político-eleitoral: a prioridade é acomodar clientes; os benefícios para o resto da população são incidentais.
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Este vai ser o orçamento desse Estado. Pede-lhes o presidente que não pensem em eleições. Mas em que mais poderiam eles pensar?"
Trecho retirado de "Do Estado social ao Estado eleitoral"
4 comentários:
Há uns meses vinha o diabo em Setembro, a maioria ia desentender-se com o próximo orçamento, o défice ia estoirar, vinha um novo resgate. Agora as profecias da desgraça são outras e até no Observador se clama por investimento e consumos intermédios no Estado.
Por aqui um post regozija-se com o corte no investimento público e o seguinte acompanha esse especialista em economia que é o Rui Ramos.
https://twitter.com/joaomiranda/status/788407274016505856
https://twitter.com/expresso/status/788403030152675332
eheheh
LOL https://twitter.com/nticomuna/status/788463744699490304
O problema de Passos era a obsessão em colocar fardos nas costas dos outros e dividir os portugueses, em vez de procurar liderar um país unido. Por isso qualquer orçamento fica sempre melhor se não for executado por Passos.
E que este não era o orçamento de Passos pode perceber-se comparando-o com os planos que Passos tinha para 2017, 2018 e 2019.
Quanto ao respeito dos tratados, verifica-se que grande parte do que foi dito nos últimos doze meses sobre os perigos da esquerda ou foi histeria ou foi vontade de fazer o país falhar para lucrar depois com isso.
Curiosamente continuam os profetas da desgraça, ameaçando agora com novas maldições, nos meios do costume.
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