quinta-feira, setembro 08, 2016

Curiosidade do dia

"Uma sociedade com cultura distributiva tem dificuldade em distinguir entre dívida e rendimento. Desde que os beneficiários das políticas públicas recebam o que são os direitos que lhes foram atribuídos pelos responsáveis políticos, pouco lhes importará se esses benefícios são financiados com dívida ou são pagos com as contribuições estatutárias ou com reservas acumuladas no passado. Contudo, esta é uma diferença crucial. Programas de políticas públicas que sejam financiados com dívida e que não produzam crescimento dos rendimentos que absorvam a dívida que foi contraída para satisfazer esses direitos apenas estarão a destruir esses mesmos direitos no futuro.
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Uma sociedade com cultura de capitalização observa estes argumentos e estas práticas das sociedades de cultura distributiva com a incredulidade de quem ouve contos de fadas. Quem tem hábitos de financiamento sustentado e de análise de risco sabe que a penalização dos défices continuados e da sua acumulação na dívida está na imposição de uma distribuição perversa, equivalente à do viciado em droga perante os seus fornecedores do produto em que se viciou: antes de pagar aos beneficiários das políticas públicas, será preciso pagar aos fornecedores da dívida."

Trechos retirados de "A droga da dívida"

1 comentário:

Carlos Albuquerque disse...

https://www.dinheirovivo.pt/economia/aumento-de-impostos-nao-deve-servir-para-reduzir-divida-publica/