"Durante quatro anos, entre 2011 e 2015, todas as culpas em Portugal foram do governo de Passos Coelho. Sócrates chamou a troika? Não importava: a culpa era de Passos. E agora, dez meses depois, de quem são as culpas? Pois ainda e sempre de Passos. Os bancos estremecem?
A comissão europeia ameaça com sanções? É culpa de Passos, por mais que os comissários em Bruxelas expliquem, no caso das sanções, que tudo depende do presente governo tomar as providências necessárias.Recordo esta outra Curiosidade do dia.
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Ontem, constou que Costa estava preocupado. Depois, constou que não estava. Não sei se está ou não. Também não sei se o governo vai conseguir enrolar a Europa. Talvez consiga. Mas o que não vai é tornar Portugal um melhor lugar para trabalhar e investir. E sem isso, tudo se esfumará um dia, quando o BCE acabar com o dinheiro barato. Dir-me-ão: será como em 2011. Passos Coelho terá de vir limpar a casa, e lá ficará outra vez com as culpas. O próprio Passos, no conselho nacional do PSD de quarta-feira, ter-se-ia muito cristãmente conformado com esse destino. Mas acontece que o mundo já não é o mesmo de 2011, a Europa não é a mesma, nem Portugal é o mesmo. A paciência de Passos para fazer o que já fez, como o personagem de Bill Murray em Groundhog Day, pode-nos induzir em erro: o erro dos pessimistas que são optimistas sem o saber"
Trechos retirados de "A culpa? Fica para o próximo governo de Passos"
1 comentário:
Mas o que preocupa Rui Ramos? A variação do desemprego? Os dados do Eurostat sobre o défice ajustado do primeiro trimestre? O facto de o governo estar empenhado em cumprir a meta do défice?
Quando nesta altura um artigo ainda precisa de vir falar em "coligação de derrotados" é porque não tem grande coisa a apontar e só me faz lembrar aqueles franceses que achavam que Portugal não devia ganhar o Euro por ter empatado demasiados jogos.
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