"Este comportamento dos bancos centrais, escolhendo dar continuidade ao endividamento da economia, dá um impulso decisivo à travagem das reformas de que depende o arranque do investimento produtivo. Fugindo aos efeitos desagradáveis do desendividamento, os bancos centrais preferem ensaiar o desconhecido, numa fuga para a frente.
As taxas de juro negativas, resultando de um intervencionismo experimental dos bancos centrais, está a provocar efeitos que os próprios não previram, gerando mecanismos especulativos de efeitos imprevisíveis. Mas um efeito destrutivo já provocou: põe em causa o próprio cálculo económico.
O juro exprime a ideia simples de preferência temporal dos indivíduos: o mesmo bem vale mais hoje do que amanhã. Por definição, é uma grandeza positiva. É uma noção, não apenas da economia, como de senso comum.
A engenharia social em curso, empreendida em gigantesca escala pelos bancos centrais, ignora e contraria este princípio elementar. Poderá provocar - se não for travada a tempo - grandes destruições, provavelmente, maiores do que as já verificadas no seguimento da crise financeira de 2008."
Trechos retirados de "O que é uma taxa de juro negativa?"
1 comentário:
não entendo...
se dou dinheiro ao estado para ele gastar onde quiser, é mau...
se dou dinheiro aos bancos para eles financiarem cada um de nós no que quisermos, é mau...
Enviar um comentário